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FBI divulga foto de suspeito da morte de Charlie Kirk — Foto: X / Reprodução |
Um homem suspeito de ter assassinado o ativista de direita dos Estados Unidos Charlie Kirk foi detido e está sob custódia policial, anunciou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (12).
"Eu acho que o pegamos", disse o presidente norte-americano em entrevista à rede de TV Fox News.
A polícia ainda não havia confirmado a informação, mas o diretor-geral do FBI, Kash Pattel, fará um pronunciamento sobre o caso ainda nesta manhã.
Segundo Trump, o próprio suspeito foi voluntariamente até uma delegacia local. Ele tomou a decisão após um pastor local, que também é policial, reconhecer o suspeito e delatá-lo ao pai do suposto assassino, que então o convenceu a se entregar, disse ainda o presidente norte-americano.
A agência de notícias norte-americana Associated Press afirmou, com base em informações de fontes do FBI, que o suspeito foi identificado como Tyler Robinson, de 22 anos — na quinta-feira, a polícia afirmou que o suspeito tinha o perfil de um jovem universitário.
Segundo o jornal "The New York Times", também com base em fontes, o suspeito estava a cerca de 400 quilômetros da universidade onde atirou contra Charlie Kurk.
A captura ocorre no 3º dia de buscas pelo atirador, que mobilizaram policiais locais e o FBI.
Em entrevista à rede de TV Fox News, Trump afirmou que vai pedir a pena de morte para o autor do crime.
Na noite de quinta-feira, novas imagens da universidade registraram o momento em que um homem pula de um telhado e corre logo após o crime (veja abaixo).
Investigações
Enquanto policiais locais e o FBI procuram pelo atirador, investigadores já entrevistaram mais de 200 pessoas e coletaram mais de 7.000 pistas, segundo a polícia.
As imagens mostram um homem com um boné preto, óculos escuros, tênis e uma camiseta preta com uma estampa que parece ser a bandeira norte-americana.
'Contra a violência'
Kirk foi atingido por um tiro no pescoço quando debatia com estudantes no campus. As autoridades acreditam que um único tiro foi disparado de um telhado a quase 200 metros de distância.
Um fuzil de alta potência foi localizado em uma área arborizada que a polícia acredita ter sido a rota de fuga do suspeito.
"Ele defendia a não violência. É dessa maneira que quero que as pessoas respondam", disse o presidente sobre o assassinato de um de seus mais importantes aliados, considerado responsável por impulsionar sua vitória presidencial ao conquistar o eleitorado jovem.
Quando um jornalista perguntou sobre os possíveis motivos do crime, Trump limitou-se a responder: "Tenho uma pista, sim, mas contarei mais tarde".
O corpo de Kirk foi levado na quinta-feira para Phoenix, Arizona, no avião do vice-presidente JD Vance, que ajudou a carregar o caixão. A viúva, Erika Kirk, também estava a bordo da aeronave.
'Mudou o clima político'
O crime foi condenado por ambos os lados do espectro político, em uma rara demonstração de consenso na extremamente polarizada opinião pública americana.
Charlie Kirk, ativista de direita e aliado de Trump, é morto com tiro no pescoço enquanto discursava em universidade nos EUA — Foto: Reprodução/TV Globo
No entanto, teorias conspiratórias e mensagens confrontadoras proliferam nas redes sociais. "Eles estão em guerra contra nós", reagiu na quarta-feira o jornalista Jesse Watters, da Fox News.
Kirk foi assassinado justamente enquanto respondia à pergunta de um jovem sobre os tiroteios nos Estados Unidos.
Pai de dois filhos e defensor de valores conservadores e cristãos, Kirk era muito conhecido no cenário político norte-americano por fundar a organização "Turning Point USA" em 2012, cuja missão era promover ideias conservadoras entre os jovens.
Ele tinha uma imensa audiência nas redes sociais e comparecia regularmente a universidades para debater em pleno campus, sob uma tenda, com os estudantes.
"Ele realmente mudou o clima político nos campi americanos, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de maneira diferente", disse Dave Sanchez, que participava do evento de quarta-feira.
O crime chocou o país, que registrou um aumento da violência política nos últimos anos. Trump foi vítima de duas tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral de 2024.
Este ano, a congressista democrata Melissa Hortman e seu marido foram assassinados, e a casa do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi incendiada.
(g1)