Exportações do Ceará para EUA caem em 19 cidades após tarifaço e prejuízo passa de US$ 11 milhões

 



Em meio às negociações sem desfecho acerca do tarifaço que afeta sobremaneira o Ceará, 19 cidades do Estado sofreram queda e deixaram de exportar US$ 11,5 milhões em setembro de 2025, se comparadas a igual período de 2024.

Conforme dados do Comexstat, plataforma do governo federal com informações sobre o comércio exterior, Itapipoca, Acaraú, Fortaleza, Eusébio e Camocim foram os municípios mais impactados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Itapipoca, por exemplo, deixou de exportar mais de US$ 2,5 milhões em setembro deste ano na comparação com igual período de 2024. O volume comercializado é 89% inferior ao ano passado.

Em seguida, Acaraú e Fortaleza deixaram de exportar US$ 1,4 milhão e US$ 1,3 milhão, respectivamente, para os Estados Unidos. 

Os produtos exportados que mais sofreram com esse novo cenário nas três cidades foram os peixes congelados e os calçados.


Cidades cearenses que tiveram quedas nas exportações para os EUA

Itapipoca: -US$ 2,5 milhões

Acaraú: -US$ 1,4 milhão

Fortaleza: -US$ 1,3 milhão

Eusébio: -US$ 1,3 milhão

Camocim: -US$ 868 mil

Maracanaú: -US$ 768 mil

Ubajara: -US$ 748 mil

Aquiraz: -US$ 732 mil

Itarema: -US$ 529 mil

Banabuiú: -US$ 445 mil

Crato: -US$ 287 mil

Russas: -US$ 226mil

Santa Quitéria: -US$ 114 mil

Aracati: -US$ 84,6 mil

Icapuí: -US$ 29,8 mil

Marco: -US$ 28 mil

Pacajus: -US$ 9,7 mil

Paracuru: -US$ 1,3 mil

Barbalha: -US$ 1,1 mil

Produtos mais exportados nas 5 cidades mais afetadas pelo tarifaço

Itapipoca: Calçado com sola exterior de borracha, plástico, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural;

Acaraú: Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição;

Fortaleza: Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição;

Eusébio: Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos;

Camocim: Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição;

Mudança no cenário dos EUA

Para Larissa Amaral, professora de Comércio Exterior da Universidade de Fortaleza (Unifor), está ocorrendo um rearranjo de consumo dentro do país norte-americano devido aos impactos que o tarifaço traz para o consumidor final.


(Diário do Nordeste)

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