Como ocorre com os ônibus, táxis, bicicletas e patinetes, as motos também poderão ganhar faixas exclusivas nas vias de Fortaleza. Após conseguir autorização da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a Prefeitura anunciou, nesta segunda-feira (6), que fará dois testes da nova estrutura nas avenidas Humberto Monte e Santos Dumont.
As chamadas "faixas azuis", que já são testadas em capitais como São Paulo e Recife, serão implementadas em trechos dos bairros Pici e Cocó, com o objetivo de dar "mais segurança e agilidade para motociclistas", diminuir o número de acidentes e ordenar o trânsito na Capital, de acordo com o prefeito Evandro Leitão (PT).
"Boa notícia para os motociclistas: vem aí a faixa azul, importante ação para melhorar e agilizar o trânsito em nossa cidade", celebrou o político nas redes sociais.
Conforme a portaria publicada pelo Senatran no Diário Oficial da União (DOU), na última quarta-feira (1º), o "estudo experimental" deve ser feito até 31 de março de 2026. O texto também permite à Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) aplicar a sinalização em outras duas avenidas: Alberto Craveiro e Presidente Costa e Silva.
Como serão as 'faixas azuis'?
As faixas devem ser ajustadas às velocidades máximas das vias em que serão instaladas. Isso significa que, numa avenida cuja máxima regulamentada é de até 50 quilômetros por hora (km/h), a largura mínima da faixa azul deve ser de 1,1 metro, enquanto que, nas vias em que é permitido trafegar até 60km/h, essa largura aumenta para 1,20m.
O combinado entre os governos municipal e federal é de serem apresentados relatórios trimestrais com avaliações técnicas e conclusões do projeto. Deverão ser incluídos, por exemplo, dados de sinistros envolvendo motocicletas, informações sobre demanda, velocidade operacional de cada faixa de circulação e pesquisas de opinião.
As faixas ficarão definitivas após os testes?
Não é possível dizer ainda. O que se sabe é que a Prefeitura entregará ao Senatran um relatório final com a análise técnica do estudo, informando a conclusão dos dados obtidos com os testes e indicando resultados, recomendações técnicas e parâmetros para aprimorar o uso da sinalização.
A partir desse estudo, o governo federal poderá ainda solicitar à gestão a apresentação de outros dados que julgar relevantes para o monitoramento e a avaliação do teste.
(Diário do Nordeste)