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Foto: Reprodução / Instagram |
O humorista cearense Aluísio Júnior afirmou ter sido agredido junto com a esposa, Lili, e o filho, Pedro, após a derrota do Fortaleza por 2 a 0 para o Vasco, na noite desta quarta-feira (15), na Arena Castelão, em Fortaleza. O episódio teria ocorrido em meio à frustração de torcedores com o resultado, que aumentou o risco de rebaixamento do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o humorista relatou detalhes da agressão e negou qualquer vínculo com o clube, o que, segundo ele, pode ter motivado o ataque. “A galera pensa que o Fortaleza me paga. O Fortaleza não me paga nem um real, não me dá camisa, não me dá ingresso, não me dá nada. Eu que vou com o meu dinheiro”, declarou.
Aluísio explicou ainda que, mesmo quando viajou com o time, foi por cortesia em uma ação que também incluiu outros torcedores. Ele afirmou ter ficado revoltado com a derrota, mas rebateu a ideia de que críticas humorísticas pudessem justificar uma agressão. “Fortaleza perdeu, eu tô p#to, tô com ódio. Ah, mas tu vai esculhambar… Adianta? Se eu esculhambasse e o time ficasse na Série A, tava ótimo”, ironizou.
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Humorista cearense relata agressão na Arena Castelão
O humorista contou que, para evitar confusões, decidiu deixar o estádio antes do apito final. “Eu sabia que ia ter confusão. Eu disse: ‘vamos logo’”, afirmou.
Durante a descida do setor Premium, ele e a família foram abordados por dois homens. “O cara [disse]: ‘O Aluísio, fraco o caralho… babando o Marcelo Paz [presidente do Fortaleza]’”, relatou.
Segundo Aluísio, ao tentar se afastar, outro homem partiu para cima dele, e a esposa acabou se envolvendo na tentativa de separação. “A Lili se meteu: ‘Cara, tu tá louco?’. Aí ele deu um empurrão nela. Quando vi, a Lili caiu no chão, voou, com a boca sangrando e o joelho machucado.”
O humorista afirmou que reagiu instintivamente após ver a mulher ferida. “O espírito inimigo entrou. Eu fechei os olhos… daí não me lembro mais de nada. Ainda bem que tem as câmeras”.
Ele agradeceu à segurança do estádio, que teria corrido para ajudá-lo, mas criticou a ausência de policiais militares no local. “Não tinha uma Polícia Militar. Uma. Nem para conduzir a gente para a delegacia. Nós que fomos andando. O pessoal do Fortaleza foi que me levou.”
Na delegacia, o comediante disse ter se indignado com o tratamento recebido. “A Polícia Civil disse que era mesmo que nada, porque foi agressor contra agressor”, relatou.
“Digo: ‘Não, mas ele bateu nela, não tem alguma coisa?’ — ‘Não, não tem não. É agressor contra agressor, esse negócio de sexo. Só a Maria da Penha que vale, viu? Só você bater na sua mulher que não pode, bater nas outras mulheres por aí pode?’”, ironizou.
Aluísio afirmou que seguirá com os procedimentos legais, incluindo exame no Núcleo de Medicina Legal (NML), boletim de ocorrência (BO) e termo circunstanciado de ocorrência (TCO). Ele também pretende solicitar as imagens das câmeras de segurança do Castelão.
Apesar da gravidade do caso, o humorista disse que não pretende expor os agressores. “Não vou expor ninguém, porque hoje em dia tudo é errado. Se eu botar a foto do cara, eu é que vou ser o errado, né?”, comentou.
O portal GCMais procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para saber se há investigação aberta sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
(GCMais)