A ação tem apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça. A investigação começou após uma vítima de Florianópolis relatar ter sido enganada pelo grupo e transferido cerca de R$ 270 mil para os criminosos.
🔎 Como funciona o golpe: de acordo com as apurações policiais, o crime ocorre da seguinte forma:
- criminosos acessam dados públicos do Tribunal de Justiça e descobrem pessoas que estão movendo ações na Justiça;
- com as informações colhidas -- incluindo telefone, nome completo do alvo dos criminoso e dos advogados --, os golpistas se passaram pelo advogado que representava a vítima em um processo;
- eles então entraram em contato com ela, pelas redes sociais ou WhatsApp, cobrando supostas custas processuais;
- a vítima, acreditando estar lidando com seu próprio advogado, realiza a transferência bancária para a conta dos criminosos.
A maior parte dos mandados está sendo cumprida no estado do Ceará, onde policiais executam 15 ordens de prisão e 24 de busca e apreensão. No Rio de Janeiro, outros dois mandados são realizados.
O Tribunal de Justiça do Ceará afirmou que, a partir de 3 de novembro, o acesso ao sistema digital para tramitação de processo vai exigir uma autenticação mais rígida. "Essa medida deve fortalecer os sistema, protegendo os cidadãos e evitando golpes", disse o TJ.
(g1)