Um tenente da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que se encontra afastado das atividades por licença médica, foi detido nessa segunda-feira, 17, em Juazeiro do Norte, na região do Cariri. A companheira dele também foi detida. A prisão do casal ocorreu em meio a um tumulto em uma creche da cidade.
A desavença teria sido motivada por desenhos na parede da instituição que desagradaram o agente de segurança. Diante da confusão, a Polícia Militar foi acionada e o casal acabou detido sob suspeita de desacato e desobediência.
A confusão teria começado entre a companheira do tenente e uma coordenadora da creche. Com a tensão na porta da unidade, a Polícia Militar foi acionada e interviu para controlar a situação.
Acusação de agressão a policial do Raio
A gravidade da ocorrência aumentou com a informação de que o tenente teria reagido à abordagem. Imagens da confusão foram registradas por testemunhas no local. O POVO teve acesso ao vídeo que mostra a prisão da mulher.
Segundo fontes policiais, o agente afastado seria suspeito de ter agredido um policial do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) com um soco. O policial agredido teria passado por exame de corpo de delito para constatar as lesões.
A identidade do casal e o nome da creche foram preservados para não expor a criança, filha dos envolvidos.
Posicionamento da PMCE
Em nota, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) confirmou a detenção do agente, informando que ele estava em licença para tratamento de saúde no momento dos fatos e foi preso por suspeita de desacato.
O tenente foi conduzido ao 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde se encontra recolhido e à disposição da Justiça.
A PMCE informou, ainda, que "não compactua com desvios de conduta e que todas as denúncias envolvendo seus integrantes são rigorosamente investigadas", sinalizando a abertura de procedimentos internos.
A companheira do tenente também foi conduzida à delegacia da região, e ambos deverão passar por audiência de custódia. Os órgãos de segurança não deram mais informações sobre a prisão da mulher.
(O Povo)



