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Foto:
Reprodução/Facebook da Prefeitura de Itatira. |
Postagens de um perfil do Instagram com fofocas sobre a vida de moradores começaram a repercutir no município de Itatira, a 160km de Fortaleza, na última semana. As publicações vêm causando uma onda de medo, extorsões e violência na Cidade.
Pelo menos 60 moradores tiveram os nomes citados pela conta apócrifa, acompanhados de frases difamatórias. Acusações de traição e de mulheres supostamente trabalhando como garotas de programa, bem como especulações sobre a sexualidade dos moradores são alguns dos conteúdos principais divulgados no perfil.
A página, inicialmente nomeada "Babados de Itatira", chegou a sair do ar, mas foi recriada com nomes de usuário similares, seguindo na divulgação de fofocas.
Por se tratar de uma cidade pequena, a exposição vem afetando diretamente a vida dos moradores, que vêm sofrendo ameaças e até mesmo agressões físicas devido ao conteúdo divulgado.
Aproveitando-se da situação vulnerável dessas pessoas, a pessoa responsável pela página, que não se identifica, já chegou a extorquir três vítimas, pedindo dinheiro em troca de informações sobre quem enviou a fofoca e cobrando para apagar publicações.
Ao Diário do Nordeste, um dos moradores informou que algumas pessoas já foram à Delegacia Regional de Canindé, a cerca de 80 quilômetros de Itatira, para registrar boletim de ocorrência pela exposição.
Nessa segunda-feira (22), o Diário do Nordeste entrou em contato com a delegacia e com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para solicitar detalhes sobre a investigação do caso. Quando houver retorno, este texto será atualizado.
Fofocas e conflitos na Cidade
O perfil costumava fazer postagens nos stories do Instagram, colocando uma caixa de perguntas pedindo "babados" e "fofocas" da Cidade. As respostas eram divulgadas pela conta, incluindo o nome das vítimas. Nessa segunda-feira, o perfil não estava mais no ar.
Em uma das publicações, o responsável pela página expôs um print com o nome de um dos usuários que compartilhou informações, buscando "justificar" que não é ele quem cria as fofocas.
(Diário do Nordeste)



