O empresário Eike Batista reservou-se o direito de falar apenas em
juízo durante o depoimento na tarde desta segunda-feira (31) na
Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos (Delecor),
na sede da Superintendência da Polícia Federal do Rio. A informação é
do advogado Fernando Martins, que defende o empresário e acompanhou ao
lado dele o depoimento.
"Ele não falou nada. Ele se reservou o
direito de falar somente em juízo. Na verdade o depoimento começou
atrasado e, no procedimento normal da Polícia Federal e do Ministério
Público, eles têm que fazer as perguntas e a todas elas ele responde que
se reserva ao direito de falar em juízo, por isso que demorou. Não foi
esse tempo todo que estão noticiando. Foi bem menos do que isso",
informou o advogado em entrevista à Agência Brasil, explicando por que o empresário permaneceu por mais de três horas na Superintendência.
"Ele vai passar a limpo [dar as informações] em juízo e esclarecer o
que tem a esclarecer, eventuais acusações. Vai falar ao longo do
processo. Na verdade, não existe processo ainda", completou Martins.
Eike Batista deixou as dependências da PF às 18h46, acompanhado de
quatro agentes, em um carro preto sem caracterização da polícia. Antes,
pouco depois das 17h, saíram de lá os procuradores Eduardo El Hage e
Leonardo Cardoso de Freitas, que é o coordenador do grupo do Ministério
Público Federal à frente das investigações das operações Calicute e
Eficiência.
Oul