A CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado aprovou nesta
quarta-feira (21) a convocação do diretor-geral da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência), Janér Tesch Alvarenga, e do ministro do GSI
(Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República,
Sergio Etchegoyen, para dar explicações sobre o suposto uso da Abin para
investigar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.
Reportagem da revista "Veja" apontou que teria partido do presidente
Michel Temer a ordem para que a Abin investigasse o ministro, relator da
Operação Lava Jato no Supremo e do inquérito que investiga o presidente
por corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.
Temer negou ter autorizado esse tipo de ação da Abin e a presidente do
STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou que, com a negativa do presidente,
"por ora" o Supremo não adotaria nenhuma providência.
Os pedidos de convocação dos chefes da Abin e do GSI foram apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Por terem sido convocados, e não convidados, o ministro e o
diretor-geral terão 30 dias para indicar a data que pretendem comparecer
à CDH. Mas é costume que o Senado não seja tão rígido quanto a esse
prazo.
O senador José Medeiros (PSD-MT) apresentou um requerimento para
transformar a convocação aprovada num convite. Na prática, isso
permitira que os convidados não compareçam à comissão.
Uol



