Em entrevista ao O Globo, o deputado federal cearense Tiririca
(PR-SP) antecipou na tarde desta quarta-feira, 2, dia de votação da
denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o seu voto contra o
peemedebista, afirmando que “se ele errou, tem que pagar” e defendeu o
“Fora Temer”.
No período da votação, vestido de terno e gravata,
Tiririca explicou que foi à sessão “fantasiado de deputado” a pedido da
esposa. Antes deste dia, a outra ocasião em que o ex-palhaço compareceu
de traje foi durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, em que
ele também votou a favor do afastamento da então presidente.
“Se
errou, tem que pagar. É o ditado que minha mãe fala: “pode ser filho, se
errou, você vai ter que pagar, tem que ser responsável por seus erros”,
contou à reportagem.
Segundo Tiririca, apesar de ser de um
partido que integra a base aliada, que fechou questão a favor de Temer,
não houve pressão para que enquadrasse seu voto. O deputado disse que o
governo sequer o procurou para oferecer cargos e emendas, já que sabia
de antemão que a resposta seria negativa. Ele disse não temer qualquer
retaliação com seu voto dissidente.
“Não houve pressão, não
dependo de partido, nem de governo. Eu sou do povo e dependo só do povo.
Nem me chamaram para conversar, nada ofereceram e eu não quero, não
preciso. Não tenho medo de nada”, disse o deputado federal Tiririca ao
portal O Globo.
Durante seu voto, na noite desta quarta-feira, 2,
o cearense fez o que tinha antecipado à reportagem e discursou: "Eu vim
do povo, eu estou com o povo. Contra a corrupção, meu voto é não!".
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