João Carlos Júnior Gomes, vereador do município de Itarema, teve
liberdade negada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE). A decisão aconteceu nesta terça-feira, 19, e teve relatoria do
juiz convocado Antônio Pádua Silva. Gomes foi preso preventivamente há 57 dias.
Ele é acusado de contratar dois assessores fantasmas e desviar dinheiro
público. Em junho último, antes da prisão do parlamentar, oito dos 13 vereadores do município haviam sido presos. As informações são do site do TJCE.
Em
seu favor, o vereador Carlinhos Gomes, como é conhecido, alegou ter
sofrido constrangimento ilegal. Ele argumentou falta dos requisitos
autorizadores para a prisão cautelar. Defendeu, também, a possibilidade
da substituição do cárcere pela aplicação de medidas cautelares.
Conforme
os autos, no percorrer da "Operação Fantasma", promovida pelo
Ministério Público do Ceará (MPCE), teria sido visto que o acusado
recebia dinheiro público que deveria ser destinado ao pagamento de dois
assessores que ele teria contratado. A acusação defende que os
comissionados eram funcionários fantasmas formalmente contratados pelo
vereador, mas sem exercer qualquer atividade de trabalho.
A 3ª
Câmara Criminal, ao avaliar o caso, negou de forma unânime o pedido de
liberdade do político. Para o relator do caso, juiz Antônio Pádua, tudo o
que foi apresentado deixa em evidência o elevado grau de periculosidade
de Gomes. Desse modo, ele afirma que a alteração da prisão preventiva
para alguma medida cautelar seria juricamente inviável.
O Povo Online



