A sindicância instaurada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) para investigar o caso do bebê Kaleb Rodrigues Martins,
que ficou em estado grave após receber dosagem de medicamento acima do
indicado, deve durar até 20 dias. A informação foi divulgada pelo
diretor de Processos Assistenciais em exercício das UPAs de Fortaleza,
Tarcylio Esdras. “A gente vai entrevistar os envolvidos e tentar
entender o que aconteceu. Só então poderemos tomar as medidas devidas”,
explicou.
Representantes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro José Walter
convidaram a família do bebê Kaleb Rodrigues Martins para uma reunião,
nesta segunda-feira (4), que contou com a presença de um assistente
social. “Eles só falaram que não podem acusar ninguém, que vão fazer uma
sindicância pra resolver quem é o culpado”, declarou Evilene Rodrigues,
mãe de Kaleb.
O bebê de 1 mês e meio está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias)
e, apesar de responder a estímulos, está em estado grave. “Segundo os
médicos, ele vai sair com sequela”, disse a tia de Kaleb, Célia
Rodrigues. A mãe da criança diz que, no momento, não pensa em dar
entrada em processos judiciais, mas afirma querer esclarecimentos.
O caso
Na última sexta-feira (1º), o bebê foi levado ao Hospital Distrital
Gonzaga Mota, no bairro José Walter, com dificuldades respiratórias. Lá,
a mãe de Kaleb foi orientada a levá-lo para fazer um raio-x para
identificar o problema. Como a máquina disponível na unidade estava
quebrada, Evilene e seu filho foram encaminhados à UPA do mesmo bairro, e
foram atendidos na Unidade na manhã de sábado (2).
Na UPA, familiares informa
ram que uma enfermeira teria injetado
epinefrina na veia do bebê, embora o médico tenha orientado que a
aplicação do medicamento por via respiratória. Logo após receber a
medicação, Kaleb teve uma parada cardiorrespiratória. A criança foi
levada, então, para o Hospital Infantil Albert Sabin, onde permanece até
o momento.
Diário do Nordeste



