O ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho Filho, admitiu nesta segunda-feira (30) que as contas de luz
poderão ficar ainda mais caras no país. Questionado se o Comitê de
Monitoramento do Setor poderá vir a despachar por fora da ordem de
mérito, ou seja, acionar as usinas elétricas sem considerar o menor
valor cobrado, ele admitiu que é uma possibilidade.
“Está sendo cogitado, decidido não”, declarou o ministro sobre a
possibilidade do governo passar a comprar energia mais cara, cujo custo
será, invariavelmente, repassado ao consumidor.
Coelho Filho disse que há expectativa de que a chegada de chuva reverta
esta tendência. Porém, admitiu que as projeções indicam que o período
chuvoso não será suficiente.
“Não há um risco mais severo de desabastecimento, porém vai ter um
impacto como já vem tendo na tarifa para o consumidor”, afirmou.
O ministro esteve no Rio para participar de um almoço com empresários
do setor elétrico que participam do seminário sobre Matriz e Segurança
Energética Brasileira promovido pela Fundação Getúlio Vargas. Ele
atendeu a imprensa antes do encontro com os executivos.
Na ocasião, Coelho Filho disse que pretende enviar ainda nesta semana a
proposta de modelagem da privatização da Eletrobras à Casa Civil, que
ficará responsável por definí-la.
Para fechar a proposta, o MME depende da análise do presidente Michel
Temer. Segundo o ministro, o problema de saúde que afastou o presidente
temporariamente do trabalho adiou a análise do parecer. Todavia, a
expectativa é de que isso aconteça ainda na quarta-feira, véspera do
feriado.
“Ficará à cargo da Casa Civil definir se a modelagem será por meio de
um projeto de lei com caráter de urgência urgentíssima ou se por meio de
uma medida provisória”, disse.
G1
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