Para o IBGE, a pobreza vai além da questão da renda. Engloba o acesso à
educação, proteção social, moradia adequada, saneamento básico e
internet. Em 2016, quase dois terços da população (65% ou 133,5 milhões
de pessoas) tinham restrição de acesso a pelo menos um desses serviços. A
maior privação está no alcance do saneamento básico: não era acessado
por 38% dos brasileiros, seguido da internet (ausente para 32%). Os
dados constam na Síntese de Indicadores Sociais 2017, divulgada pelo
instituto nesta sexta-feira.
O estudo também mostra que 28% da população é carente de educação: são
jovens de 6 a 14 anos fora da escola, de 15 ou mais de idade analfabetas
e com 16 ou mais que não completaram o ensino fundamental. Os carentes
de proteção social chegam a 15,2%. São pessoas que moravam em lares onde
não havia nenhum morador de 16 anos ou mais de idade com trabalho
formal ou aposentado/pensionista e cujo rendimento médio mensal de cada
morador é inferior a meio salário mínimo, sem dinheiro de outras fontes,
como programas sociais.
O Globo