O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (15) que a votação
da reforma da Previdência Social ficou para fevereiro do ano que vem
para "não constranger" os deputados.
Temer deu a declaração durante a posse do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como novo ministro da Secretaria de Governo.
O objetivo do presidente era votar a reforma ainda neste ano na Câmara, mas, como o governo não conseguiu os 308 votos necessários para aprovar a proposta, concordou em deixar a votação para 2018.
"Eu digo aqui com muita tranquilidade que nós estamos empenhados. [A
votação] vai ficar para fevereiro? Ótimo! Para fevereiro vocês sabem por
quê? Porque nós contamos votos", afirmou Temer.
"Enquanto não tivermos os 308 [votos], não vamos constranger nenhum
deputado. Nem nós queremos nem o Rodrigo [Maia, presidente da Câmara]
quer nem o Eunício [Oliveira, presidente do Senado] quer", acrescentou o
presidente.
Ao se dirigir a Carlos Marun, novo responsável pela articulação
política do governo, Temer pediu ao novo ministro que se dedique "18
horas por dia, se possível 20 [horas]" à aprovação da reforma.
Recesso parlamentar
Na sequência do discurso, Temer afirmou que, na avaliação dele, os
deputados vão aproveitar o recesso parlamentar para verificar que não há
na população uma "oposição feroz" à reforma.
Por isso, ainda na opinião do presidente, quando retornarem ao
Congresso, em fevereiro, os parlamentares votarão a favor da proposta.
"No mês de janeiro vai acontecer uma coisa curiosa. Os nossos
parlamentares vão para suas bases e vão verificar que não há uma
oposição feroz em relação à Previdência. E, portanto, voltarão, penso
eu, muito mais animados para votar a reforma da previdência em
fevereiro", afirmou.
O presidente também declarou que, embora alguns veículos de comunicação
– não citados por ele – afirmem que vai dar "tudo errado" na economia, o
governo aprovará a reforma inclusive com a "compreensão oculta" da
parlamentares da oposição.
G1