Os
alimentos foram os itens que tiveram a menor variação de preços em 2017
e puxaram a forte desacelaração da inflação oficial do país, que fechou o ano passado em 2,95%,
abaixo do piso da meta fixada pelo governo, de 3%, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira vez que isso
acontece desde que o regime de metas foi implantado no país, em 1999.
Os preços de alimentação e bebidas são os que têm o maior peso no
cálculo do índice. Com o aumento de 30% da safra, os alimentos ficaram
1,87% mais baratos e impediram que a inflação avançasse ainda mais,
segundo o IBGE.
Por outro lado, entre os destaques de alta estão o gás de botijão (3ª
maior alta no ano), plano de saúde, creche, taxa de água e esgoto,
ensino médio, taxa de luz e gasolina.
Dentro dos grupos com maior peso no IPCA, além dos alimentos, houve
baixa em artigos de residência. Já entre os que tiveram alta estão
transportes, habitação e combustíveis.
Veja
abaixo a lista de itens com maiores altas e baixas na inflação
acumulada de 2017 e a variação dos 20 grupos com maior peso dentro do
IPCA:
Maiores baixas no ano:
- Feijão-carioca (rajado): -46,06%
- Feijão-mulatinho: -44,62%
- Inhame: -41,82%
- Mandioquinha (batata-baroa): -37,37%
- Feijão-preto: -36,09%
- Feijão-macassar (fradinho): -32,42%
- Banana-d'água: -26,39%
- Maçã: -23,26%
- Pimentão: -22,94%
- Alho: -22,50%
- Açúcar cristal: -22,32%
- Tangerina: -20,08%
- Banana-prata: -19,5%
- Açúcar refinado: -18,21%
- Mandioca (aipim): -17,3%
- Abóbora: -17,27%
- Banana-da-terra: -17,27%
- Leite condensado: -15,54%
- Mamão:-15,37%
- Peixe-peroá:-14,83%
G1