Apesar das duas chacinas registradas no Ceará em menos de 72 horas,
deixando 24 mortos, o Governo do Estado recusa apoio de forças militares
federais. Para o Executivo, o ideal é que o Palácio do Planalto envie
reforço do setor de inteligência da Polícia Federal (PF).
“A Força Nacional não foca nesse problema. As facções demandam resposta
de inteligência e repressão qualificada a nível estadual, que estamos
fazendo, mas se o Governo Federal mandar a Polícia Federal e uma área de
inteligência para cá, é um apoio mais consistente”, ressaltou Élcio
Batista, chefe de gabinete do Governador Camilo Santana (PT).
No domingo, 28, um dia após o massacre nas Cajazeiras, o chefe do
Executivo estadual cobrou do Ministério da Justiça apoio no combate às
organizações criminosas. “O Governo Federal tem que cumprir sua
responsabilidade. Não produzimos arma no Ceará, não produzimos droga”,
criticou o petista.
Apoio federal
Em resposta, o ministro Torquato Jardim anunciou o envio de equipes da
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), PF, Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional
(Depen).
A União, segundo Torquato Jardim, “seguirá cumprindo o papel de oferecer
apoio técnico e financeiro aos estados, como vem fazendo regularmente,
para que os órgãos de segurança pública trabalhem de forma integrada e
harmoniosa, ainda que os governantes não solicitem apoio por razões
eminentemente políticas”.
O POVO Online