Quase 95% dos brasileiros, com dez anos ou mais, que acessaram a internet nos últimos três meses de 2016 o fizeram a partir de um telefone celular,
de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (21).O resultado mais
recente do módulo sobre informação e comunicação da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), pesquisa domiciliar que abrange todo o território nacional, mostrou que o segundo equipamento mais empregado foi o microcomputador (64%), seguido pelo tablet (16%).
Em 2015, 41% das pessoas usavam microcomputadores para acessar a
internet e 17% buscavam outros equipamentos, incluindo celular e tablet.
Cerca de 65% das pessoas usaram a web no quarto trimestre de 2016. Utilizaram a internet em torno de 85% dos jovens entre 18 e 24 anos, enquanto 25% das pessoas com 60 anos ou mais se conectaram.
A maioria das pessoas (94%) usou a internet para enviar ou receber
mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes do e-mail.
Assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes, foi o objetivo
de 76% das pessoas.
A conexão à rede se dava em casa em 69% dos domicílios. Em 2015, 58% dos lares apresentavam utilização da internet.
Quase 75% dos brasileiros que não acessavam a internet no domicílio em
2016 não o fizeram por não saberem usá-la ou por falta de interesse. Em
mais de 29% das residências em que a web não foi utilizada alegou-se
que o serviço era caro.
Mesmo em casa, o equipamento mais usado para se conectar à rede foi o
celular. Em 97% dos domicílios em que havia acesso à internet, o
telefone móvel tinha este fim - e em 39% deles somente esse meio era
utilizado para acessá-la.
O microcomputador era usado para conexão com a internet em 58% dos
lares, mas em apenas 2% deles o equipamento era o único meio de acesso.
Sobre o tipo de banda larga usada nos domicílios, a pesquisa mostrou que em 77% havia banda larga móvel (3G ou 4G), superando a banda larga fixa (71%). Em 2015, a banda larga fixa (71,5%) ainda superada a móvel (70%).
Televisão
Praticamente universalizada nos domicílios do país, a posse de televisão ficou estável em relação a 2015 - apenas 3% dos lares não a possuíam em 2016 e no ano anterior.
Emboras as TVs de tubo não sejam mais fabricadas no Brasil, esses
aparelhos estavam presentes em 46% dos lares em 2016, independentemente
de haver ou não a TV de tela fina (LED, LCD ou plasma).
A parcela daqueles com aparelho de tela fina chegou a 67%. Em 13% das casas com TV havia os dois tipos.
O número de lares que tinham apenas televisão de tela fina superou com
folga aqueles que possuíam somente TV de tubo em quase todas as grandes
regiões, exceto no Nordeste, onde os resultados foram praticamente
iguais (45,7% e 45,8%, respectivamente). Ainda assim, houve redução na
predominância de TVs de tubo na região, que chegavam a 54% em 2015.
A pesquisa mostrou ainda que havia televisão com conversor (integrado ou adaptado) para receber o sinal digital aberto,
ainda que não o estivesse captando, em 71,5% dos domicílios com TV -em
2015, eram 41%. Mais de 57% dos lares com televisão já estavam recebendo
o sinal digital no último trimestre de 2016.
O acesso aos canais de televisão aberta por sinal analógico, transmitido
por antenas terrestres, está em processo de substituição. Quando a
transmissão analógica for inteiramente desligada, as televisões sem
conversor ficarão sem acesso aos canais abertos, a não ser por TV por
assinatura -presente em 34% dos lares com televisão- ou antena
parabólica, em 35% das casas.
Os domicílios com televisão, mas sem uma alternativa ao conversor -ou
seja, cidadãos que ficarão sem nenhum acesso aos canais após o
desligamento do analógico- representavam 10% dos domicílios com TV. Em
2015, no entanto, eram quase 20%.



