Até 2020, o Ceará deve passar a contar com uma usina de dessalinização, que deve ser responsável incrementar 12% na oferta de água. Duas empresas estrangeiras são responsáveis pelos estudos, que devem ser concluídos até maio.
Pelo país existem algumas experiências bem sucedidas que contam com o
tratamento da água do mar para consumo humano. A principal delas é
desenvolvida há quase duas décadas, em Pernambuco.
Fernando de Noronha, em Pernambuco, é o exemplo
pioneiro de alcance público de dessalinização da água do mar. O projeto
de uma usina de dessalinização para consumo humano que apoia o sistema
de abastecimento da ilha começou a ser desenvolvido há 18 anos.
O distrito estadual possui apenas um açude, o Xaréu, que sangrou no
ano passado depois de 8 anos. O manancial é responsável por 30% do
abastecimento, enquanto o resto vem da água do mar.
A demanda do arquipélago chega a 72 mil litros de água por hora em
períodos de maior visitação, o suficiente para atender a demanda de 6
mil pessoas, de dezembro a fevereiro. A atual planta de dessalinização
produz 48 mil litros e passa por ampliação atualmente.
Segundo o analista de saneamento da Companhia Pernambucana de
Saneamento (Compesa), Guilherme Freire, a ideia é que todo o
abastecimento hídrico de Fernando de Noronha seja apenas com água do mar
tratada, enquanto que o recurso natural que vem do manancial seja
utilizado apenas para complementação.
Ele acredita que a tecnologia hoje para tirar a água do sal é mais
cara por causa da importação dos equipamentos e insumos, o que deve
mudar quando o Brasil passar a fabricar todos os materiais. Segundo ele,
hoje o custo do metro cúbico de água em Noronha sai a R$ 3.
Tribuna do Ceará