O PT divulgou nota na madrugada desta quinta (5), após o julgamento que rejeitou o habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula, em que afirma que o dia foi "trágico para a democracia e para o Brasil".
"Nossa Constituição foi rasgada por quem deveria
defendê-la e a maioria do Supremo Tribunal Federal sancionou mais uma
violência contra o maior líder popular do país, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva."
O partido criticou a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, por pautar o
julgamento do caso específico de Lula, mas não as ações que poderiam
barrar prisões de condenados em segunda instância. Para o PT, ela
"determinou mais um procedimento de exceção".
O direito de aguardar recursos em liberdade, afirma, "fatalmente voltará a valer para todos, não valeu hoje para Lula".
"Não há justiça nesta decisão. Há uma combinação de interesses
políticos e econômicos, contra o país e sua soberania, contra o processo
democrático, contra o povo brasileiro."
O partido afirma ainda que defenderá a candidatura de Lula a presidente "em todas as instâncias, até as últimas consequências".
"A nação e a comunidade internacional sabem que Lula foi condenado sem
provas, num processo ilegal em que juízes notoriamente parciais não
conseguiram sequer caracterizar a ocorrência de um crime."
Barreira
A Articulação de Esquerda, corrente minoritária
petista, divulgou na madrugada um documento em que propõe a formação de
barreira humana para impedir a prisão do ex-presidente.
Acusando o STF de rasgar a Constituição, o texto sugere a convocação de
uma reunião do Direito Nacional do PT para discutir ações conjuntas com
Movimentos e partidos de esquerda.
Segundo o comunicado, que fala em "rebelião", a ideia é
formar uma barreira humana que "proteja o presidente Lula onde ele
estiver: em sua residência, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na
sede do Partido dos Trabalhadores".
Diário do Nordeste