Cientistas encontraram sinal de oxigênio em galáxia localizada a 13.28
bilhões de anos-luz de distância da Terra, demonstra estudo publicado
nesta quarta-feira (16) na "Nature". O registro foi feito pelo
supertelescópio ALMA (Atacama Large Milimeter Array) e é o ponto mais
distante do Universo em que o gás foi registrado.
O ano-luz é uma medida de distância utilizada em astronomia e indica o
caminho percorrido pela luz no vácuo no período de um ano. Para se ter
uma ideia da distância do ponto de oxigênio encontrado, o Sol está a 8
minutos-luz do nosso planeta.
O feito foi alcançado por uma equipe internacional de astrônomos,
coordenada por Takuya Hashimoto, pesquisador no Observatório Astronômico
Nacional do Japão.
A galáxia tem o nome de de MACS1149-JD1 e, para identificar o gás, os
cientistas primeiro verificaram a presença de uma luz infravermelha
emitida pelo oxigênio.
O cientista descreve que o sinal infravermelho percorreu 13,28 bilhões
de anos-luz; e, por isso, trata-se do oxigênio mais antigo já detectado
por qualquer telescópio.
Para chegar a essa distância, os cientistas mediram o comprimento de onda do sinal infravermelho.
Oxigênio e estrelas
Segundo os cientistas, por um certo período após o Big Bang, não havia
oxigênio no Universo. O oxigênio foi criado nas estrelas e liberado
quando morreram. Por isso, a detecção de oxigênio em MACS1149-JD1 indica
que gerações anteriores de estrelas expeliram o gás.
A partir disso, os astrônomos também identificaram que as estrelas mais
antigas da galáxia existiram há cerca de 250 milhões de anos.
Não é a primeira vez que o ALMA registra o oxigênio mais distante. Em
2016, cientistas encontraram oxigênio em galáxia a 13.1 bilhões de
anos-luz.
G1