A taxa de analfabetismo no Ceará entre pessoas com 15 anos ou mais apresentou queda entre os anos de 2016 e 2017, informou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, a taxa passou de 15,2%, em 2016, para 14,2% no ano seguinte, registrando assim um recuo de um ponto percentual.
Entre os nove estados nordestinos, apenas Ceará e Alagoas apresentaram
melhora em seus índices de analfabetismo no período analisado pelo IBGE,
informou a Pnad. No território alagoano, a queda da taxa foi ainda
maior, de 19,4% para 18,2% (1,2 ponto a menos).
Apesar da melhora, o Ceará ainda contava, em 2017, com mais de 1 milhão de analfabetos
com 15 anos ou mais, informou o levantamento, que revela também que, de
um ano para o outro, caiu em 48 mil o número de cearenses que não
sabiam ler ou escrever. Somente em Fortaleza, por exemplo, este
contingente passou de 113 mil pessoas, em 2016, para 110 mil, em 2017.
A Pnad acrescenta que a maior parte do recuo na taxa de analfabetismo
do Ceará se deu entre os homens, de 17,9% para 16,1%. Entre as mulheres,
a taxa manteve-se praticamente estável, passando de 12,7% para 12,4%.
No País
Entre 2016 e 2017, a taxa de analfabetismo no País entre pessoas com 15
anos ou mais de idade foi estimada em 7%, uma queda de 0,2 ponto
percentual em relação aos 7,2% da taxa registrada em 2016, o equivalente
a menos 300 mil pessoas. Apesar da queda, o Brasil registrava em 2017,
11,5 milhões de analfabetos.
Embora ainda permaneçam com índices elevados, a melhora dos indicadores
se deu quase que de forma generalizada, sendo observada entre homens e
mulheres, assim como entre as pessoas de cor preta ou parda.
Mesmo com a redução de 0,2 ponto percentual na taxa de analfabetismo, o
País ainda não atingiu a meta do Programa Nacional de Educação (PNE),
cujo objetivo é alcançar uma taxa de 6,5% em 2015. O destaque ficou com
as regiões Centro-Oeste (5,2%), Sudeste e Sul (ambas com 3,5%) que já
estão abaixo dessa meta. Nas regiões Nordeste (14,5%) e o Norte (8%), no
entanto, o percentual anda encontra-se bem acima da meta intermediária
do PNE.
Diário do Nordeste