Segundo o comandante da Área Integrada de Segurança (AIS) 12,
tenente-coronel Océlio Alves, Alan Rosário Nogueira, de 36 anos de
idade, estava chegando ao trabalho, por volta de 8h, quando foi abordado
por dois suspeitos, que desferiram vários tiros contra a cabeça e o
peito da vítima.
O tiroteio assustou quem estava na Escola ou passava pela Rua Maria do
Carmo, no Centro de Guaiuba. Alan Nogueira chegou a ser socorrido por
uma ambulância e levado a uma unidade de saúde no Município, mas morreu
no hospital.
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência, apurou a possível
autoria do crime e iniciou as diligências em busca de Rafael da Silva
Celestino, 23. Ele foi detido em sua residência, no Município de
Acarape, três horas após o homicídio.
Policiais militares seguem em busca dos dois homens contratados por
Rafael Celestino para cometer o assassinato. A dupla já foi
identificada, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS). A arma utilizada no crime também não foi
localizada pela Polícia, até o fechamento desta matéria.
Conforme o tenente-coronel Alves, Rafael Celestino vinha ameaçando a
sua ex-namorada, com quem teve relacionamento por cinco anos e não
aceitava o término do namoro; e Alan Nogueira, com quem a mulher passou a
se relacionar.
Ao ser detido, o suspeito confessou ter encomendado a morte do assessor
financeiro e revelou que pagou R$ 1,5 mil para os executores. Em
entrevista à TV Diário, Rafael disse que foi traído pela ex-companheira.
"Dizer que estou arrependido, não adianta mais. Tenho certeza que fui
traído, vi conversas no celular dela", alegou.
A reportagem apurou que a mulher tinha registrado Boletim de Ocorrência
(B.O.) contra o ex-companheiro, na Delegacia Metropolitana de Guaiuba,
da Polícia Civil, no dia 14 de junho, por sofrer violência doméstica. No
depoimento, ela pediu por medidas protetivas.
Rafael mandava mensagens via redes sociais com frequência para a
ex-namorada, pedindo que ela reconsiderasse a relação entre eles. E, por
mais de uma vez, o mandante do crime foi visto na frente da Escola José
Tristão Filho, para observar a rotina de Alan Nogueira.
A SSPDS ressaltou, em nota, que o suspeito é "um homem que não faz
parte do ambiente escolar" e afirmou que um inquérito policial foi
instaurado na Delegacia Municipal de Guaiuba, para investigar o crime.
Diário do Nordeste