A vacina contra a dengue, chamada de Dengvaxia, aumenta o risco de
hospitalização ou de dengue grave das pessoas que nunca tiveram contato
com o vírus, quando infectados pela primeira vez. Por outro lado, sua
eficiência é maior quando aplicada em pessoas que já apresentaram algum
subtipo da doença.
Essas constatações, obtidas após cinco anos de monitoramento, levaram a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a anunciar a alteração
na bula da vacina.
Foram feitas três alterações na bula da vacina Dengvaxia. A primeira, no
sentido de restringir o uso para “indivíduos soropositivos”,
referindo-se àqueles que já tiveram dengue e moram em áreas endêmicas.
A segunda alteração inclui, no texto, uma definição mais clara para o
que é considerado “área endêmica”: aquelas onde pelo menos 70% das
pessoas ou ou mais já tiveram contato com o vírus.
Por fim, inclui a contraindicação de uso da vacina para indivíduos que nunca tiveram dengue (soronegativos).
“Para a aprovação destas alterações, a Anvisa considerou que a vacina é
comprovadamente eficaz na prevenção de um novo episódio de dengue para
pessoas que já tiveram alguma forma da doença. Outro fator decisivo é o
fato da Dengvaxia ser a única vacina para dengue aprovada no Brasil, que
sazonalmente sofre com epidemias da doença”, informou a Anvisa por meio
de nota, ao afirmar que essas alterações estão de acordo com
recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
(Agência Brasil)