O projeto de lei que legalizaria o aborto na Argentina foi rejeitado,
na madrugada desta quinta-feira, pelo Senado. Aprovado em junho pela
Câmara, ele foi recusado por 38 votos contra, 31 a favor e duas
abstenções, após uma longa sessão, de cerca de 16 horas. A informação é
do Portal G1.
Na parte externa do Congresso e no meio de um forte dispositivo de
segurança, durante todo o dia se concentraram milhares de pessoas a
favor da lei e contra, após vários meses de uma grande atividade das
duas partes na defesa de suas posições. Após a sessão, em plena
madrugada, foram registrados pequenos incidentes na saída da multidão
que estava reunida no local.
Aqueles que defendem a causa, no entanto, não se dão por vencidos e o
mais provável é que apresentem um novo projeto para a descriminalização
da prática. Desta forma, o aborto não se torna um direito garantido
pelo Estado, como previa o projeto recusado nesta madrugada, mas a
mulher que recorrer ao procedimento não estará mais cometendo um crime e
não será presa.
Atualmente, a interrupção voluntária da gravidez é crime na
Argentina, a não ser em casos que ofereçam risco à vida da mãe ou de
estupro. Em qualquer outro caso é prevista uma pena de prisão de um a
quatro anos.
O Povo