O Brasil, ao lado da Argentina, do Chile e do Suriname, ficou entre
os quatro países da América do Sul que não apresentaram mudança na
classificação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta sexta-feira
(14/09). O país ficou estagnado na 79° posição desde 2015, com índice
de 0,759, em 2017, levemente acima da média global, de 0,728. Apenas o
Uruguai subiu de posição entre os sul-americanos. As sete demais
economias da região perderam posições no estudo da ONU. No entanto,
desde 2012 o país subiu sete posições.
O IDH mede o progresso dos
países em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: saúde,
educação e padrões de vida. Quanto mais o índice ficar próximo de 1,0,
maior o nível de desenvolvimento de cada economia pesquisada. Noruega,
Suíça, Austrália, Irlanda e Alemanha lideram o ranking dos 189 países e
territórios no levantamento deste ano, com as seguintes pontuações:
0,953, 0,944, 0,939, 0,938 e 0,936, respectivamente. Os cinco últimos
países no ranking são: Burundi ( com índice de 0,417), Chade (0,404),
Sudão do Sul (0,388), República Centro-Africana (0,367) e Níger (0,354).
De
acordo com o estudo do Pnud, os maiores crescimentos no ranking do IDH
entre 2012 e 2017 foram na Irlanda, que subiu 13 posições, seguida por
Turquia, República Dominicana e Botsuana, que subiram oito posições. As
maiores quedas foram sofridas por Síria, Líbia, Iêmen e Venezuela, que
caíram 27, 26, 20 e 16 posições, respectivamente.
Dos 189 países
pesquisados pela ONU para o cálculo do IDH, 59 países estão no grupo de
“muito alto” desenvolvimento humano, 53 estão no grupo de “alto”
desenvolvimento humano, 39 países têm valores médios de IDH e apenas 38
países estão no grupo de baixo IDH.
Desigualdade
Considerando
a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano, o IDH global,
de 0,728 em 2017, cai para 0,582, representando uma perda de 20% e uma
queda da faixa de alto desenvolvimento humano para a média do IDH, de
acordo com o estudo.
A desigualdade mundial na distribuição de
renda é a mais alta (22,6%), seguida pela desigualdade nos ganhos em
educação (22,0%) e depois na saúde (15,2%).
O levantamento aponta
que a distribuição desigual de ganhos de desenvolvimento humano na
educação, expectativa de vida e renda é maior nos maiores níveis com IDH
mais baixo, que registraram as perdas mais elevadas, acima de 30%.
Países de muito alto desenvolvimento humano tiveram uma perda média de
IDH devido à desigualdade, de 10,7%.
(Agência Brasil)