Pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta crescimento do candidato do
PT, Fernando Haddad, na corrida à Presidência da República, com 13% das
intenções de voto. O percentual é o mesmo do candidato Ciro Gomes
(PDT), que se manteve no mesmo patamar em relação à pesquisa anterior,
seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%, e Marina Silva (Rede), com
8%. Jair Bolsonaro, do PSL, lidera com 26% da preferência do eleitorado.
O parlamentar cresceu dois pontos percentuais desde a última
segunda-feira, 10.
As entrevistas foram feitas entre
quinta-feira, 13, e ontem ouvindo 2.820 eleitores em 197 cidades. O
levantamento, encomendado pela Rede Globo, tem margem de erro de dois
pontos para mais ou para menos.
Comparando os dados divulgados
pelo instituto ontem com os números liberados no início da semana, o
petista confirmou a tendência de crescimento, saindo de 9% para 13%.
Na
pesquisa de 22 de agosto, o ex-prefeito de São Paulo tinha 4% das
citações. Com a saída do ex-presidente Lula da disputa, o afilhado
político tem conseguido crescer a cada levantamento, herdando eleitores
do ex-presidente.
O que explica o crescimento do petista é a liderança na região Nordeste.
Nesse
recorte regional, o candidato saiu de 13% para 20%. Antes líder, Ciro
caiu de 20% para 18%. Jair Bolsonaro também cresceu três pontos
percentuais na região, saindo de 14% para 17%. Marina Silva, que
figurava em segundo lugar no primeiro levantamento, viu a candidatura
desidratar e perder terreno em todas as regiões do País.
Ciro
e Haddad, portanto, seguem disputando uma das vagas para o segundo
turno. Apesar de oscilar um ponto para baixo no levantamento, o
ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também segue com chances de
brigar por uma das vagas do segundo turno. Apesar de ter caído nas
citações nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, o tucano ganhou três
pontos percentuais na região Sul.
Por enquanto, o
Datafolha aponta os votos de Bolsonaro cristalizados na liderança das
intenções de voto. Os três levantamentos mostram crescimento do deputado
federal, saindo de 22% em agosto para 26% no levantamento mais recente.
A má notícia para a campanha de Bolsonaro é que, ao
contrário do que trouxe o Ibope na terça-feira, 11, o Datafolha mantém
os índices de rejeição à candidatura do capitão reformado em crescimento
no levantamento de ontem.
Na série desde o registro das
candidaturas, Bolsonaro chegou ao maior patamar de rejeição: 44%. Quem
também viu a aversão crescer foi o petista Fernando Haddad. Além dos
votos de Lula, ele herda a rejeição voltada ao ex-presidente. O
candidato saltou de 22% para 26% e se coloca como o terceiro
presidenciável mais rejeitado.
Caindo vertiginosamente em
todas as amostras, Marina cresceu na rejeição e chegou a 30% das
citações. Entre as candidaturas com maiores viabilidades eleitorais,
conforme mostram os institutos, Ciro Gomes é quem tem menor rejeição:
21%.
O cearense continua vencendo todos os adversários no segundo turno.
O Povo