O presidente Michel Temer recuou e decidiu manter o início do horário de
verão para o dia 4 de novembro, quando os relógios serão adiantados em
uma hora em parte do País. A informação foi confirmada pela assessoria
de imprensa do Palácio do Planalto na noite desta segunda-feira, 15. A
justificativa da decisão, no entanto, não foi apresentada.
No início do mês, o governo anunciou que adiaria o horário de verão para
o dia 18 de novembro a fim de atender a um pedido do Ministério da
Educação por causa da realização do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), que acontece nos dois primeiros domingos de novembro - 4 e 11. O
MEC argumentou que candidatos podem perder o exame com a alteração do
horário no mesmo dia da mudança dos relógios.
Desde então, o governo passou a ser pressionado a retomar a data
original principalmente pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas
(Abear), que representa as maiores empresas áreas do Brasil. A entidade
argumentou que a mudança poderia afetar cerca de 42 mil voos. "Essa
mudança trará sérias consequências para o planejamento da operação aérea
e, consequentemente, para os consumidores com volume expressivo de
passageiros podendo perder voos, pois os bilhetes foram adquiridos com
antecedência", disse.
Um eventual adiamento para o dia 18 representaria a segunda mudança de
data do horário de verão. A primeira foi devido ao segundo turno das
eleições, que ocorre no dia 28 de outubro.
Estadão Conteúdo