O presidente Michel Temer viajou hoje (21) para Santiago, no Chile, onde
fica até a noite. Ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera,
Temer assinará o acordo de livre comércio que reúne 17 itens. A
expectativa é que o acordo incremente o comércio entre os dois países,
ampliando as negociações e elevando o volume de mercadorias e produtos.
Um dos principais pontos envolve o fim da cobrança de roaming
internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países. Há
ainda compromissos em comércio eletrônico, práticas regulatórias,
medidas de combate à corrupção, meio ambiente e questões trabalhistas.
Em nota, o Itamaraty destaca os impactos do acordo na relação com o
Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está
suspensa) e a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Costa Rica, México e
Peru). “Constituirá, ao mesmo tempo, um vetor de aproximação entre o
Mercosul e a Aliança do Pacífico e de reforço da integração regional.”
Temer participa de uma cerimônia, depois terá reunião com Piñera e
ministros das áreas específicas, depois disso assinará o Acordo de Livre
Comércio entre Brasil e Chile. De acordo com a agenda oficial, estão
previstas declarações à imprensa e almoço com o presidente do Chile.
Acordo
No último dia 19, foram concluídas após quatro rodadas, as negociações
para um acordo de livre comércio entre o Brasil e o Chile. O processo
começou em abril do ano passado. Os termos do acordo reúnem 17 aspectos
de áreas distintas.
O acordo inclui comércio de serviços; comércio eletrônico;
telecomunicações; medidas sanitárias e fitossanitárias; obstáculos
técnicos ao comércio; facilitação de comércio; propriedade intelectual; e
micro, pequenas e médias empresas.
Também serão incorporados ao instrumento acordos firmados recentemente
pelos dois países, como o Protocolo de Compras Públicas e o Protocolo de
Investimentos em Instituições Financeiras.
Parceiro
O Chile é o segundo principal parceiro comercial do Brasil na América do
Sul e importante destino de investimentos brasileiros na região. Em
2017, o intercâmbio comercial bilateral alcançou US$ 8,5 bilhões, o que
representa incremento de 22% em relação ao mesmo período do ano
anterior.
De janeiro a setembro de 2018, o intercâmbio comercial entre Brasil e
Chile foi de US$ 7,21 bilhões, aumento superior a 13% em relação ao
mesmo período de 2017. O Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na
América Latina e principal destino dos investimentos chilenos no
exterior, com estoque de US$ 31 bilhões.
No Brasil, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá
interinamente a Presidência da República até as 20h30. Na agenda oficial
dele, não há compromissos.
(Agência Brasil)