Ceará transfere chefe de facção para presídio federal em meio à onda de ataques


O governo do Ceará informou na noite deste domingo (6) que transferiu um dos chefes de facção para um presídio federal e 19 membros serão levados a outras unidades. O governo federal ofereceu 60 vagas nos presídios que administra para receber criminosos que atuam no estado. 

O governo estadual disse que aguardava uma questão logística para levar os outros criminosos e que o objetivo é acabar com a formação de facções criminosas que comandam crimes de dentro dos presídios. 

A transferência ocorre em meio a uma onda de violência no estado. Desde quarta-feira, criminosos fizeram 125 ataques em cidades do Ceará. 

A Secretaria da Segurança e Defesa Social do Ceará não se pronunciou oficialmente sobre o motivo dos ataques no estado. 

A sequência de ataques ocorreu após a fala do novo secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, que prometeu fiscalizar com mais rigor a entrada de celulares nos presídios, segundo o governo. Desde o início da onda de crime, agentes apreenderam 407 celulares em presídios de onde foram ordenados os crimes. Em uma das ações, os presos fizeram um motim. 

De acordo com Mauro Albuquerque, o controle da entrada de celulares será "uma das medidas" adotadas na gestão dele como secretário de Administração Penitenciária, cargo criado no segundo mandato do governador do Ceará, Camilo Santana, em 1º de janeiro deste ano. "É uma das medidas, mas não a única. Investir nos equipamentos que impeçam a entrada de objetos é um trabalho mais importante e que vamos aprimorar aqui", afirmo Mauro. 

Desde a quinta-feira, as equipes de segurança do Ceará receberam vários reforços: 300 membros da Força Nacional, 100 policiais militares da Bahia e 50 policiais rodoviárias federais. 

As equipes atuam principalmente em blitze, já que a maior parte dos criminosos usam carros para ir aos locais do crime e em seguida para fugir, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Ceará. 


(G1)

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