As chuvas devem retornar com mais intensidade ao Estado a partir desta quarta-feira (13), segundo previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Essa incidência será possível graças à reaproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) - principal sistema indutor de precipitações durante a Estação Chuvosa - da costa Norte do Nordeste, o que inclui o Ceará.
A previsão para hoje aponta nebulosidade variável com chuvas em todas as
regiões do Ceará. Embora os sistemas indiquem uma distribuição
equivalente, o Centro-Norte deve ser a região melhor beneficiada,
segundo comenta o meteorologista do órgão, Raul Fritz.
Segundo explica, outro ponto que pode beneficiar a ocorrência de chuvas a
partir de agora é o afastamento do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis
(VCAN). "No contexto atual, esse fenômeno dificultou uma melhor atuação
da Zona de Convergência nas últimas 24 horas, mas com ele atuando mais
distante do Ceará e a ZCTI se aproximando, pode facilitar as chuvas",
afirma.
Acumulado
Até ontem, o acumulado de chuvas para o mês de fevereiro, o primeiro da
quadra chuvosa do ano, foi de 57,9 milímetros, de acordo com dados da
Funceme. A média pluviométrica histórica para o período, no entanto, é
de 118.6 milímetros, o que representa, por enquanto, um desvio negativo
de 51,2 mm. Em 2018 e 2017, o Estado esteve acima da média do mês, com
desvios positivos de 66,1 mm e 34,8 mm, respectivamente.
Nas últimas 24 horas registradas pelo órgão, entre as 7h da última
segunda-feira (11) e às 7h da terça-feira (12), as chuvas foram pouco
expressivas no Estado. Apenas 16 municípios registraram precipitações,
sendo o maior acumulado em Jaguaruana, com apenas 12 milímetros.
Ainda conforme o meteorologista Raul Fritz, o retorno das chuvas deve
diminuir, também, a sensação de calor, potencializada nos últimos dias.
Apesar de não significar uma queda nas temperaturas registradas, uma
maior cobertura de nuvens amenizará a sensação térmica.
"A temperatura atual não está mais alta. A intensidade dos ventos é que
está menor, estão mais fracos. E combinado com a alta umidade do ar
deixa o tempo mais abafado e dá essa sensação de mais calor. As chuvas
voltando de forma mais regular, mais contínua, essa sensação tende a
diminuir", comenta
Diário do Nordeste