Na última semana de janeiro, o Ceará solicitou ao governo federal a
permanência da Força Nacional de Segurança Pública por, pelo menos, mais
30 dias. O estado enfrentou desde os primeiros dias do ano uma série de
ataques orquestrados pelo crime organizado. Nesta terça-feira (5), com o
anúncio do secretário nacional de Segurança Pública, a gestão cearense
soube da decisão do governo federal de iniciar o processo de retirada
das tropas.
Em nota, a secretaria da Segurança Pública informou que "o apoio da
Força Nacional foi solicitado, inicialmente, para o período de 30 dias. O
Governo do Estado do Ceará solicitou a prorrogação da permanência das
equipes por mais 30 dias. A secretaria esclarece que as tratativas para a
prorrogação seguem em andamento".
A pasta informou, também, que "a atuação constante do efetivo nas ruas e
as operações de inteligência estão tendo reflexo direto numa tendência
de redução de atos criminais, como diminuição de roubos, furtos e
homicídios. 466 suspeitos foram capturados, até esta segunda-feira (4),
por envolvimento nos atos criminosos registrados no Ceará. Destes, 318
são adultos e 148 são adolescentes".
Durante sessão na Assembleia Legislativa do Ceará, ainda nesta terça, o
governador Santana afirmou que "a informação não oficial que foi dada é
que a Força Nacional irá ser estendida, apesar de que o ministro acha
que a situação já foi resolvida no Ceará", apontando que "era
importante" a Força Nacional permanecer com seus 406 homens no estado.
As tropas chegaram ao Ceará no dia 5 de janeiro, três dias após o início
de uma onda de ataques atingir algumas cidades do estado. Ao longo do
mês de janeiro, facções criminosas incendiaram ônibus, viaturas e
chegaram até mesmo a explodir bombas em postes, torres e estações de
transmissão de energia elétrica.
O secretário nacional de Segurança Pública, Gulherme Theophilo, foi o
responsável por anunciar a retirada das tropas, em entrevista coletiva
feita em Brasília, no início da tarde desta terça-feira. Segundo ele, a
situação no Ceará "arrefeceu" e a retirada visa a preparar a Força
Nacional para atuar em outros estados. O próximo estado que deverá
receber integrantes da Força Nacional é o Pará, a partir de março.
Segundo o governo do estado, o fato de ter diminuído o número de ataques não significa que a segurança está controlada. Policiais civis, militares e bombeiros se manterão, durante o próximo mês, atentos contra atos violentos.
Segundo o jornal Tribuna do Ceará, em um mês, foram 283 ataques em 56 dos 184 municípios do estado, sendo 134 em Fortaleza. Nos últimos anos, o Ceará se transformou em um dos principais territórios em disputa por facções que tentam controlar o tráfico de drogas no Brasil e em nível regional.
O estado possui portos que são considerados estratégicos para o escoamento de droga para a Europa, Ásia e África. Atualmente, as três facções mais fortes no estado são o PCC (Primeiro Comando da Capital), o GDE (Guardiões do Estado) - que são aliadas - e o CV (Comando Vermelho).
Segundo o governo do estado, o fato de ter diminuído o número de ataques não significa que a segurança está controlada. Policiais civis, militares e bombeiros se manterão, durante o próximo mês, atentos contra atos violentos.
Segundo o jornal Tribuna do Ceará, em um mês, foram 283 ataques em 56 dos 184 municípios do estado, sendo 134 em Fortaleza. Nos últimos anos, o Ceará se transformou em um dos principais territórios em disputa por facções que tentam controlar o tráfico de drogas no Brasil e em nível regional.
O estado possui portos que são considerados estratégicos para o escoamento de droga para a Europa, Ásia e África. Atualmente, as três facções mais fortes no estado são o PCC (Primeiro Comando da Capital), o GDE (Guardiões do Estado) - que são aliadas - e o CV (Comando Vermelho).
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