No mesmo dia em que incluiu no sistema
penitenciário federal integrantes do comando de uma organização
criminosa (é o caso de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola), o
Governo editou uma portaria endurecendo as regras das visitas nessas
unidades.
Assinada pelo ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, a
medida baniu o contato físico entre detentos e visitantes,
estabelecendo que os encontros só ocorram no parlatório, onde um vidro
separa os presos de familiares e amigos, que só se comunicarão por meio
de interfone. Poderão ocorrer visitas também por videoconferência,
segundo as novas regras.
A visita íntima já havia sido proibida no sistema penitenciário
federal, por portaria. Agora, a Pasta tornou ainda mais rígidas as
regras referentes à chamada visita social, assegurada ao cônjuge,
companheira, parentes e amigos dos presos, que ocorriam até então nos
pátios das unidades carcerárias. O objetivo é cessar o repasse de
informações de dentro das prisões federais.
O endurecimento das regras de visita consta do pacote de combate ao
crime que Moro enviou ao Congresso. Ontem, o Governo Bolsonaro editou o
primeiro decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para autorizar as
Forças Armadas a atuarem em um raio de 10 km das penitenciárias federais
em Mossoró e Porto Velho.
Diário do Nordeste