Policiais militares de Minas Gerais detiveram ao menos seis pessoas em Brumadinho (MG) por práticas ilícitas relacionadas ao socorro às vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, no último dia 25. Entre os presos está um homem acusado de se passar por policial federal para pedir telefones celulares e dinheiro que, segundo ele, seriam usados pelas equipes de buscas ou para a compra de donativos.
Segundo o major Flávio Santiago,
da assessoria da PM, o homem foi detido no centro de Belo Horizonte. Ele já
tinha antecedentes criminais por estelionato. Reconhecido por duas de suas
vítimas, está preso em caráter preventivo em uma unidade prisional da capital
mineira.
Outros dois homens foram detidos
por estarem usando drones em espaço aéreo restrito às aeronaves das equipes de
resgate, colocando em perigo os helicópteros do Corpo de Bombeiros. Um dos
detidos foi flagrado na chamada “área quente”, a área mais afetada pelos
dejetos que irromperam da barragem, e chegou a ficar algum tempo detido.
Outros dois homens foram detidos
ao tentar saquear casas na zona rural de Brumadinho. Após terem sido evacuadas
devido à tragédia, as casas estavam vazias. Flagrados por policiais militares,
os acusados não conseguiram roubar nada.
O sexto preso é um homem que
tentou se passar por uma das pessoas prejudicadas pela tragédia, tentando se
cadastrar para receber assistência do poder público e reparações da mineradora
Vale, dona da barragem da Mina Córrego do Feijão.
De acordo com o major Flávio
Santiago, não é incomum pessoas agirem com má-fé para se beneficiarem da
solidariedade despertada em momentos como este. “Principalmente os
estelionatários. Eles percebem o sentimento de solidariedade e nadam de
braçada, contando histórias comoventes apenas para aplicar seus golpes”, disse
o bombeiro à Agência Brasil.
Segundo Flávio Santiago, outro
problema constatado são os golpes aplicados pela internet, por meio da divulgação
de falsos pedidos de doações financeiras. “As pessoas precisam estar atentas.
Se houver algum tipo de pedido, isso será feito institucionalmente; noticiado
pela imprensa e nos espaços institucionais oficiais. Em caso de dúvidas, a
pessoa deve procurar o contato do órgão ou entidade e confirmar a informação”,
alertou o major.
Agência Brasil