O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "é possível" que o assassinato
da vereadora Marielle Franco (PSOL) tenha mandantes e que espera que as
investigações tenham chegado nesta terça-feira, 12, aos reais executores
do crime. Ele destacou que não conhecia a vereadora do Rio de Janeiro e
completou: "Eu também estou interessado em saber quem mandou me matar".
No ano passado, o presidente foi vítima de atentado durante a campanha
eleitoral, de autoria de Adélio Bispo.
"É possível que tenha um mandante. Eu conheci a Marielle depois que ela
foi assassinada. Eu não conhecia ela, apesar de ser vereadora com meu
filho no Rio de Janeiro. E eu também estou interessado em saber quem
mandou me matar", declarou.
Hoje, a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e o Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) prenderam o
sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio
Vieira de Queiroz, por envolvimento no assassinato de Marielle e do
motorista Anderson Gomes, que ocorreu há cerca de um ano.
Desde a divulgação das prisões, passou a circular na internet uma foto
de Bolsonaro ao lado de Elcio de Vieira Queiroz, um dos suspeitos.
Questionado sobre o assunto, Bolsonaro respondeu que tem fotos com
"milhares de policiais civis e militares, com milhares, do Brasil todo".
Bolsonaro disse que não ficou surpreso com as descobertas desta terça
porque "não existe crime impossível" de ser solucionado. "Eu acredito
que não existe crime impossível de ser solucionado, coisa rara. Agora
que poderia chegar a um bom termo, eu acredito que sim", disse.
Bolsonaro falou com a imprensa após encontro e pronunciamento ao lado do
presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que está no Brasil para sua
primeira visita oficial.
UOL