Juntas, as famílias de alunos e funcionários mortos no massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, velam as vítimas na Arena Suzano, no Parque Max Feffer, na manhã desta quinta-feira (14).
O velório coletivo começou às 7h entre abraços, choros, sussurros
e crianças pequenas que acompanham os pais, no ginásio poliesportivo
que fica a menos de um quilômetro da escola, palco dos ataques. Cerca de
500 pessoas acompanham a cerimônia.
Estão sendo velados os estudantes Cleiton Antonio Ribeiro, 17; Caio
Oliveira, 15; Samuel Melquiades Silva de Oliveira, 16; e Kaio Lucas da
Costa Limeira, 15.
Também a inspetora de ensino Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 e a
coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezu, 59 -que só será
sepultada no sábado (16), quando um de seus filhos chega do exterior.
Outras duas famílias optaram por velórios separados. O estudante
Douglas Murilo Celestino, 16, está sendo velado desde 1h, na igreja
evangélica Assembleia de Deus, em Suzano.
E o velório do empresário Jorge Antonio Moraes, proprietário de uma
revendedora de carros e tio de um dos atiradores, acontece desde a
madrugada no cemitério Jardim Colina dos Ypês, onde será sepultado.
As famílias devem receber apoio de dois psiquiatras e um psicólogo
enviados pela secretaria estadual da Saúde para atuar com a equipe do
Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Suzano, no atendimento aos
envolvidos na tragédia.
Há ainda outros sete feridos hospitalizados. Um deles segue em estado grave. É o estudante Anderson Carrilho de Brito, 15, transferido de Suzano para o Hospital das Clínicas, na capital paulista.
Rotina
Amanhã (15), por orientação da prefeitura, os educadores se reunirão para definir as ações que serão tomadas com os 26 mil alunos das escolas públicas municipais. O objetivo é adotar medidas para combater a violência e o assédio moral no esforço de estabelecer a cultura de paz.
Equipes de psicólogos vão apoiar o trabalho. Eles se
colocaram à disposição, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras,
enfermeiros e terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes
das vítimas. Só ontem (13) cerca de 200 pessoas passaram pelo local.
Com informações da Agência Brasil