Apoiador do governo Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia
publicou no Twitter críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), um dos filhos do presidente. Ele fez menção à fala de Eduardo
sobre brasileiros em situação ilegal nos Estados Unidos. Para Eduardo,
essas pessoas são "uma vergonha" para o País.
"O filho do
presidente, Eduardo Bolsonaro, ajudaria muito mais ao governo do seu pai
parando de falar asneira", escreveu o pastor na noite de domingo, 17.
"Poderia ter ficado de boca fechada na questão dos imigrantes ilegais
brasileiros. Não conhece a realidade da questão. A maioria, quase que
absoluta, vai para trabalhar."
O pastor disse ainda não ter
vergonha dos imigrantes em situação ilegal e afirmou que, na maioria dos
casos, essas pessoas tentam fugir do desemprego. "Não tenho vergonha
dos brasileiros ilegais q estão em diversas nações poderosas. Não são
vagabundos nem pilantras, pelo contrário, trabalhadores que foram tentar
a vida fugindo do desemprego", escreveu.
A fala de Eduardo
Bolsonaro aconteceu ao fim de evento organizado pelo ex-estrategista do
presidente norte-americano Donald Trump, Steve Bannon, em Washington,
prévio à chegada de Jair Bolsonaro à capital americana, no domingo, 17.
Ele justificou o fato de os Estados Unidos não oferecerem reciprocidade
ao Brasil para isentar turistas de visto para entrada no país. Segundo
Eduardo, há mais brasileiros que passariam a viver ilegalmente nos EUA
com isso
Não é a primeira vez que Silas Malafaia utiliza o
Twitter para discordar do filho do presidente e sugerir a ele que se
cale. No início do mês, o pastor criticou uma declaração de Eduardo
sobre a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão para
participar do enterro do neto Arthur.
"Perdeu uma ótima
oportunidade de ficar de boca fechada", disse. "O sábio Salomão já dizia
que até o tolo quando se cala, se passa por sábio". Eduardo havia
escrito também no Twitter que o debate sobre a possibilidade de Lula
deixar a prisão em Curitiba por causa do luto só o colocava "em voga
posando de coitado".
O POVO