O presidente Jair Bolsonaro (PSL) completa 100 dias a frente da
Presidência da República nesta quarta-feira, 10. Desde a posse, em 1º de
janeiro, enfrentou crises, mas conseguiu escapar sem arranhões a sua
imagem. Ele também aproveitou o período para cumprir promessas de
campanha.
O POVO Online listou algumas ações boas do presidente nos últimos 100 dias. Confira:
Data: 15 de março
O pacote de 12 aeroportos brasileiros consorciados renderam R$ 2,3
bi. O valor é 986% superior ao lance inicial dado pela União, de R$
218,7 milhões. As empresas tomarão a frente da administração das
unidades por 30 anos, cuidando inclusive da ampliação e manutenção. A
expectativa é de que já nos cinco primeiros anos haja investimentos na
ordem de R$ 1,4 bilhão. A prática de concessões ganhou força na gestão
do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e foi usada por Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) como forma de obter
lucro e garantir a manutenção de equipamentos públicos.
Operações contra a pedofilia
Data: 28 de março
Iniciada ainda em 2017, a operação “Luz na infância” chega à quarta
fase neste ano. Desta vez, o próprio ministro Sergio Moro assumiu a
coordenação das ações nacionais, que chegaram a 26 estados, além do
Distrito Federal (DF). Ao todo, 141 pessoas foram presas por suspeita de
envolvimento em crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e
adolescentes na internet. As investigações foram deflagradas pelo
Laboratório de Inteligência Cibernética da Secretaria de Operações
Integradas do Ministério da Justiça.
Pacote Anticrime de Moro
Data: 4 de fevereiro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou o
Pacote Anticrime para ser apreciado pelo Legislativo. As propostas
trazem apostas do presidente Bolsonaro na área onde firmou as principais
bandeiras políticas. A intenção é reduzir a sensação de impunidade no
País. Ao todo, o documento pode alterar 14 leis, se aprovado. Entre
elas, criminaliza o crime de caixa dois, reforça o cumprimento da pena
para condenados em segunda instância e cria regras mais rígidas para a
progressão de pena de condenados por crimes violentos e corrupção. O
Pacote gerou controvérsia principalmente em uma das propostas que
flexibiliza a pena em caso de legítima defesa decorrente de “escusável
medo, surpresa ou violenta emoção”. Para entidades de defesa dos
direitos humanos, a mudança pode ser interpretada como uma “licença para
matar”.
Brumadinho
Data: 25 de janeiro
Prestes a voltar à sala de cirurgia para a retirada da bolsa de
colostomia, Bolsonaro se viu diante de uma tragédia: o rompimento da
barragem da Vale em Brumadinho. Um dia após o caso, o presidente viajou
até a cidade. Ele determinou a criação do Conselho Ministerial de
Supervisão de Respostas a Desastre, grupo formado com uma dezena de
ministros, e articulou o envio de ajuda internacional para o resgate das
vítimas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) ainda aplicou multas de R$ 250 milhões
contra a empresa.
Documento único
Data: 12 de março
Sancionado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), a proposta de
adotar no País uma nova carteira de identidade foi adiada para 2020. Em
compensação, o atual presidente resolveu tornar o CPF documento único
para acesso a serviços do Governo Federal. Em decreto, Bolsonaro coloca o
Cadastro como documento “suficiente e substitutivo”. Além de dar
celeridade aos processos burocráticos, a medida é apontada pelo Governo
como primeiro passo para a implantação do documento único no próximo
ano.
O POVO