Em março, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias
Toffoli, determinou que um inquérito para apurar fake news e calúnias ou
difamações sobre ministros e seus familiares fosse aberto. Agora, em
uma expansão dessa ação, o ministro Alexandre de Moraes definiu o
bloqueio de contas em redes sociais que pertenciam a sete pessoas
envolvidas em esquemas já investigados.
Na manhã de hoje (16),
equipes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão, nos
quais recolheram celulares e computadores em São Paulo, Goiás e
Brasília. Moraes determinou, ainda, o bloqueio do Twitter, do Facebook,
do Instagram e até do WhatsApp dos investigados.
O general da reserva Paulo Chagas está entre os alvos. Canditado ao
governo do Distrito Federal nas eleições passadas, ele é o único
envolvido investigado na capital do país que teve mandado de busca
autorizado na ação de hoje. De acordo com Moraes, o militar "defendeu a
criação de um Tribunal de Exceção para julgamento dos ministros do STF
ou mesmo sua substituição".
Outros envolvidos também são alvo de
investigações, como o policial civil de Goiás, Osmar Rocha Fagundes. A
publicação, nesse caso, foi feita em 14 de março e diz: "O nosso STF é
bolivariano, todos alinhados com narcotraficantes e corruptos do país.
Vai ser a fórceps".
Moraes ainda precisa julgar outros acusados de
usar a internet para "atacar o Supremo" ou "cometer crime", como
Isabella Sanches, Carlos Antônio dos Santos, Hermínio Aparecido Nadin,
Gustavo de Carvalho e Silva e Sérgio Barbosa de Barros. A operação de
hoje não é a primeira do inquérito e, provavelmente, não será a última.
Raquel Dodge arquiva inquérito
Em uma
agilidade incomum para Justiça brasileira, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, anunciou no começo da tarde desta terça-feira
que o inquérito aberto pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli,
foi arquivado.
Via: Folha de S. Paulo