Muzema: parentes reclamam de burocracia para liberação de corpos


Parentes e amigos das vítimas do desabamento dos dois prédios na Muzema, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (12), enfrentam dificuldades para a liberação dos corpos encontrados nos escombros.

Segundo os familiares, o IML (Instituo Médico Legal), coordenado pela Polícia Civil do Estado, exige documentos das vítimas para o trâmite de liberação dos corpos para o velório. Entretanto, grande parte destes documentos estão perdidos sob os escombros dos prédios.
A orientação da Polícia Civil, de acordo com parentes, é que segundas vias dos documentos sejam providenciadas.

Os corpos de Zenilda Amorim e Ruan Amorim, mãe e filho, só foram liberados para sepultamento e enterro após familiares enviarem documentos da Bahia e uma cópia da certidão de nascimento de Ruan ter sido encontrada nos escombros.

“O da Zenilda [documento] eu consegui uma cópia com o pessoal da Bahia”, disse Rosiane Pereira, amiga da família. “O do Ruan a burocracia esbarrou no pai dele, que está tentando pegar a segunda via no Hospital Miguel Couto. Mas conseguimos descobrir que conseguiram achar a cópia da certidão dele nos escombros”.

Em nota, a Polícia Civil disse que o IML realiza um trabalho sério, delicado e que requer cautela, o que leva a demora em alguns casos (leia a nota abaixo na íntegra).

A Coordenadoria Geral de Cemitérios e Servições Funerários, ligada à Seconserva (Secretaria de Conservação), informou que ajuda nos serviços funerários das famílias atingidas por catástrofes na cidade do Rio, cobrindo todos os custos de velório e enterro em caso de dificuldade financeira.
“De acordo com o IML, o trabalho de identificação de corpos é muito sério, delicado, e necessita de muita cautela. Por isso há um certo tempo de espera, principalmente quando não há identificação da pessoa para o confronto e a posterior identificação”

R7

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