As contas de luz vão ficar mais caras em maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que a bandeira tarifária de maio será amarela, o que implicará um custo adicional de R$ 1,00 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido. De dezembro até abril, estava em vigor a bandeira verde, em que não há cobrança de taxa extra.
As duas variáveis que definem o sistema de bandeiras tarifárias são o
preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e o nível dos
reservatórios das hidrelétricas, medido pelo indicador de risco
hidrológico (GSF, na sigla em inglês).
"Maio é o mês de início da estação seca nas principais bacias
hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Embora a previsão
hidrológica para o mês indique tendência de vazões próximas à média
histórica, o patamar da produção hidrelétrica já reflete a diminuição
das chuvas, o que eleva o risco hidrológico (GSF) e motiva o acionamento
da bandeira amarela", diz nota divulgada pela Aneel.
Com relação ao PLD, a Aneel avalia que, diante da perspectiva de que as
afluências aos principais reservatórios fiquem perto da média, o PLD
deve permanecer próximo ao registrado nos últimos meses.
Escala
Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a
taxa extra é de R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos. No primeiro nível da
bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. E no
segundo nível da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5,00 a cada 100
kWh.
O sistema indica o custo da energia gerada para possibilitar o uso
consciente de energia. Antes das bandeiras, o custo da energia era
repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a
incidência da taxa básica de juros. A Aneel deve anunciar a bandeira
tarifária que vai vigorar em junho no dia 31 de maio.
Estadão Conteúdo