O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tinha expectativas em
relação ao julgamento que reduziu para 8 anos, 10 meses e 20 dias sua
pena no caso do tríplex, disse o advogado Emídio de Souza após se
encontrar com o petista em Curitiba hoje à tarde.
"Ele disse: 'Eu não esperava nada, porque até agora não tive direito a um julgamento justo'".
Souza falou com a imprensa na frente da sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde o ex-presidente cumpre pena há um ano.
Assim como a militância que acompanhou o julgamento hoje, a defesa de
Lula evitou celebrar a diminuição da pena, que abre caminho para o
cumprimento do restante da pena em regime semiaberto - que permite sair
da prisão durante o dia.
Os advogados insistem que o ex-presidente é inocente e vítima de um
julgamento político. "Ele quer saber onde estão as provas contra ele e
quando vai ser julgado não como um cidadão acima da lei, mas também não
abaixo dela", disse Souza.
"O problema não é a redução da pena, é que a pena tinha que ser zero,
não tinha que existir", disse Souza. Em Brasília, o advogado Cristiano
Zanin lançou mão de argumento parecido e afirmou que a "a absolvição é o
único resultado possível".
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