O prefeito interino de Beberibe, Tharsio
Facó (PPS), que estava no comando do município desde dezembro de 2018,
quando o prefeito eleito, Padre Pedro da Cunha, foi afastado
por improbidade administrativa, também terá que deixar o cargo.
A Câmara Municipalaprovou, nesta terça-feira (14), o afastamento do
gestor por 90 dias, após abertura do processo de cassação contra
ele.
O gestor, que era o vice-prefeito
de Padre Pedro Cunha, é alvo de uma denúncia de infrações
político-administrativas, entre elas o suposto não fornecimento de
transporte e merenda escolar, o que descumpriria a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação. Com o afastamento de Thartsio, o
presidente da Câmara, Eduardo Lima (PP), assume a Prefeitura de Beberibe.
Ainda de acordo com a denúncia,
Tharsio Facó teria contratado por dispensa de licitação uma empresa que
estaria impedida de celebrar contratos com o poder público por cinco
anos, depois de ter sido condenada pelo município de Fortaleza pela não
prestação de um serviço.
Gestão em crise
O afastamento do prefeito
interino ocorre meses depois do prefeito eleito em 2016, Padre Pedro Cunha,
também ter sido afastado pela Justiça por crimes de improbidade
adminstrativa.
Investigações do Ministério
Público do Ceará (MPCE) apontaram a existência de supostas adulterações
nas licitações e preços acima do normal para a compra de remédios e insumos
para o hospital municipal da região, além de água mineral e prestação de
serviços por uma produtora de eventos.
O pedido de afastamento de 90
dias do prefeito interino, Tharsio Facó, foi aprovado por 10 votos a favor e
dois contra, na Câmara Municipal, enquanto as investigações no processo de
cassação são concluídas.