O aplicativo WhatsApp anunciou nessa segunda-feira, 13, que detectou um
ataque de hackers às contas de usuários em todo o mundo. O software
intruso atuava como um “espião” que roubava dados de aparelhos
celulares. De acordo com a empresa, as contas espionadas não foram
escolhidas aleatoriamente e afetaram dezenas de usuários.
Para se proteger, os usuários devem atualizar o aplicativo para a mais
nova versão. O WhatsApp afirmou que descobriu a operação dos hackers no
início de maio quando fazia reparos no sistema de segurança das chamadas
de áudio. Não se sabe quanto tempo o software espião ficou instalado.
Segundo a empresa, os hackers faziam uma ligação por WhatsApp para a
conta que queriam espiar e instalavam o programa para roubar os dados do
aparelho escolhido. Depois, a ligação era apagada. O aplicativo
explicou ao jornal Financial Times que o suspeito pela criação do
software é o grupo israelense NSO, que tem tecnologias parecidas com a
que foi utilizada. No entanto, o grupo negou.
Pessoas ligadas a movimentos sociais foram notificadas do erro, já que
os ataques poderiam ser utilizados para conseguir informações sobre
advogados e ativistas de direitos humanos. O grupo NSO é conhecido por
vender um produto chamado Pegasus para governos, com a premissa de
ajudar no combate a ataques terroristas. O programa tem a capacidade de
ligar câmeras e microfones de celulares e descobrir a localização dos
usuários.
UOL