A Delegacia de Homicídios da
Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu, nessa sexta-feira
(2/8), pai e madrasta acusados de torturar e matar a filha de seis anos de
idade. Rodrigo Jesus da França, de 25 anos, e Juliana Mayara Brito da Silva, de
20 anos, são acusados de crimes de homicídio qualificado pela tortura na morte
de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus.
A menina chegou morta no
hospital, que fica na Zona Norte da cidade. As graves lesões chamaram a atenção
dos médicos, que acionaram a polícia. Ainda no hospital, homens da UPP do Lins
detiveram o pai. A perícia da Polícia Civil constatou que a menina tinha diversas
lesões no corpo, como ausência de um pedaço da orelha, úlceras no tornozelo e
nas mãos, aparentando que a menina era constantemente amarrada e chicoteada.
À polícia, Rodrigo confessou o
crime. “Em depoimento, ele disse que deixava a criança amarrada para não ter
acesso aos outros filhos do casal e que as agressões eram pra corrigir um
suposto comportamento sexual alterado da vítima, que já havia sido supostamente
estuprada”, diz em nota.
A corporação também diz que as
lesões indicam que as agressões ocorriam há tempos. Para esconder as marcas do
crime, a polícia diz que Rodrigo tirou a filha da escola pra que as agressões
não fossem percebidas. Juliana negou os fatos, mas foi presa por ter se omitido
às agressões do pai.O casal rem outros dois filhos, de 2 anos e um bebê de 5
meses.
Caso Rhuan
A barbárie do crime é muito
parecida com o caso Rhuan, de 9 anos, ocorrido em 31 de maio, em Samambaia. Na
ocasião, a criança foi esfaqueada até a morte, enquanto dormia, pela mãe,
Rosana Auri, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla. Após cometer o crime
brutal, as suspeitas esquartejaram o garoto e colocaram o corpo em duas malas e
uma bolsa.
Moradores da região viram Rosana
jogar uma das malas no bueiro e, por isso, acionaram a polícia. Quando agentes
da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) chegaram ao local, encontraram o
restante do cadáver. A dupla acabou presa em flagrante e, na unidade policial,
confessaram o assassinato.
Em meio às investigações,
policiais descobriram que as suspeitas cortaram o pênis e os testículos de
Rhuan Maycon um ano antes do homicídio. A descoberta chocou ainda mais
moradores do Distrito Federal e repercutiu em todo o país. Figuras públicas
como o presidente Jair Bolsonaro e a atriz Isis Valverde comentaram o crime brutal
nas redes sociais.