A Polícia
Civil de Goiás desarticulou um grupo suspeito de atuar no tráfico
internacional de drogas. A operação, batizada de "Icarus", prendeu seis
pessoas - uma está foragida - e apreendeu diversos bens. A investigação
começou após o sumiço de um piloto e descobriu, além de uma vida de
muito luxo e ostentação dos integrantes, um esquema que exportava, em
média, por mês, cerca de 500 kg de cocaína para países da Europa.
Foram apreendidos durante a ação:
- 2 jatos executivos
- 1 helicóptero
- 11 carros de luxo
- 8 relógios suíços
- 1 moto náutica
- R$ 571 mil em dinheiro (entre notas de reais, dólares e euros)
Ao todo, foram cumpridas 20 ordens de busca e apreensão. As prisões
ocorreram em Goiás, Pará e São Paulo. No estado do Sudeste, inclusive,
ocorreu a detenção de um holandês radicado no Brasil e considerado o
chefe do grupo.
Para demonstrar a ostentação, a polícia divulgou imagens de dois dos suspeitos em viagem a Dubai, posando ao lado de Ferraris.
De acordo
com as investigações, o grupo contratava pilotos para atuarem na busca
de carregamentos de drogas. Eles voavam para países vizinhos, como
Bolívia, Colômbia e Peru para trazer drogas para Goiás e Pará, num
trajeto conhecido, no âmbito do tráfico de drogas, como "rota caipira".
Posteriormente, o entorpecente era transportado em meio a cargas de
produtos com comumente exportados, como mármore, granito e até
alimentos, como açaí.
"Eles vinham do Pará, chegam em Goiás, daqui ela é preparada para ser
enviada, principalmente para a Holanda, França, Bélgica e Alemanha,
através de produto destinados à exportação como granito, mármore e até
gêneros alimentícios. Tem registro deles levando essa droga em cargas de
açaí, por exemplo", explica o delegado Thiago Martimiano, que chefiou a
operação.
(G1)