Em um amistoso bastante nervoso,
com direito a seis cartões amarelos e dois vermelhos, a seleção brasileira
sub-23 derrotou a chilena por 3 a 1, nesta segunda-feira à noite, no Pacaembu,
em São Paulo. Com isso, o time do técnico André Jardine soma duas vitórias
consecutivas, pois, na quinta-feira, havia superado a Colômbia por 2 a 0 em
outro duelo realizado no mesmo estádio paulistano.
O técnico André Jardine escalou a
seleção olímpica do Brasil nesta segunda-feira com Cleiton; Emerson (Guga),
Lyanco, Ibañez e Guilherme Arana (Abner Vinícius); Douglas, Wendel (Jean Lucas)
e Pedrinho (Walce); Paulinho, Antony (Artur) e Matheus Cunha (Arthur Cabral). O
público foi de apenas 5.059 pagantes, com renda de R$ 76.700,00.
Com a bola rolando, o Brasil
dominou os 15 primeiros minutos. Com bom entrosamento pelo lado esquerdo,
Paulinho e Pedrinho, sempre em alta velocidade, fizeram boas jogadas. O
primeiro gol não demorou a sair. Após lindo toque de Paulinho, Matheus Cunha
abriu o placar, aos 13 minutos.
Em desvantagem, o Chile se
organizou, acertou a marcação e passou a assustar os brasileiros nos
contra-ataques, graças ao talento de Dávila e Araos, além do ímpeto de Morales.
E aos 36, em uma dessas rápidas jogadas chilenas, Dávila finalizou e a bola
bateu no braço do capitão Lyanco. Pênalti, que Dávila bateu com categoria: 1 a
1.
O Brasil se desestabilizou no fim
do primeiro tempo e o Chile teve chance de virar o placar, mais uma vez com
Dávila, aos 38, mas Cleiton fez bela defesa. O Brasil só foi reaparecer com
perigo no ataque aos 47, quando Paulinho surgiu diante do goleiro Collao, mas a
zaga conseguiu afastar.
A seleção dirigida por Jardine
voltou bem melhor para o segundo tempo, com mais objetividade. Além disso, teve
a ajuda da zaga chilena. Logo aos seis minutos, na saída de bola, o zagueiro
Suazo errou uma tentativa de virada de bola na frente da área. Matheus Cunha
aproveitou e fez o segundo: 2 a 1.
Sem a mesma intensidade chilena
no meio de campo, o Brasil aproveitou para tocar mais a bola e chegar com mais
frequência ao gol adversário. Aos 17, após nova falha da zaga do Chile, Matheus
Cunha tocou para Anthony e o canhoto atacante do São Paulo acertou lindo chute
colocado de direita: 3 a 1.
Aos 33, Ibacache fez duas faltas
seguidas em Pedrinho, o que ocasionou uma grande briga. O zagueiro chileno e o
capitão Lyanco acabaram expulsos de campo.
Nos últimos minutos, a marcação
ficou mais frouxa e os times poderiam ter marcado pelo menos mais um gol. Aos
46, Carlos Lobos tentou gol por cobertura do meio de campo, mas Cleiton matou a
bola no peito e saiu jogando, em um gesto que foi uma espécie de provocação aos
chilenos no fim do confronto disputado com ânimos acirrados na capital
paulista.