O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, desistiu de tentar votar esta
semana a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da
Previdência. Alcolumbre afirmou que a votação em primeiro turno da
reforma deverá ficar para a próxima semana.
“Como não há consenso em relação a gente tentar antecipar esse
calendário, eu vou seguir o que está comprometido que é o acordo com os
senadores, [de votar] na outra semana, para cumprir as cinco sessões”,
disse.
Na semana passada, após a aprovação do relatório da PEC na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o presidente da Casa manifestou a
vontade de firmar um acordo entre os líderes para votar o texto em
primeiro turno sem o cumprimento do prazo mínimo de cinco sessões de
discussão. Mas a oposição não se mostrou disposta a fechar acordo para
acelerar a votação da reforma da Previdência.
“A sinalização que há é que alguns líderes estão insistindo que a gente
cumpra um calendário. Eu fiz acordo com os líderes para um calendário de
debates. Amanhã é a sessão temática no plenário do Senado. Há esse
sentimento de a gente cumprir esse calendário”, acrescentou Alcolumbre.
Ainda assim, a votação na próxima semana não está confirmada. Ele
tentará um acordo na reunião de líderes nesta terça-feira (10) para
confirmar o dia da votação. Inicialmente, o calendário previa a votação
em primeiro turno apenas no dia 24 de setembro.
Para hoje, está marcada uma sessão temática para discutir a Previdência,
no plenário do Senado. Está prevista a participação secretário especial
de Previdência, Rogério Marinho, do ex-ministro da Previdência Social
Ricardo Berzoini e do economista Paulo Tafner. Mesmo sem ter certeza da
data de votação em primeiro turno, Alcolumbre está confiante em votar a
matéria em segundo turno no dia 10 de outubro.
(Agência Brasil)