Um brasileiro de 44 anos morreu
neste domingo (27) na França, durante um curso de escalada em Les Gaillands, em
Chamonix, nas proximidades do famoso Mont-Blanc. Uma investigação foi aberta
para apurar as circunstâncias da morte, que estão sendo esclarecidas.
O homem, identificado apenas como
Pedro, caiu de uma altura de cerca de 20 metros. Segundo os bombeiros do
Pelotão de Polícia de Alta Montanha de Chamonix, o brasileiro tinha o hábito de
escalar, mas estava acompanhado de um grupo que tinha menos experiência.
Após a queda, o homem teve uma
parada cardíaca e foi socorrido por funcionários da escola, que realizaram
massagem cardíaca para tentar salvá-lo. Alertados por um guia, os bombeiros
chegaram 10 minutos depois do acidente, mas não conseguiram evitar a morte,
ocorrida na manhã deste domingo, por volta de 11h30 (7h30 em Brasília).
As rochas de Les Gaillands, nos
Alpes franceses, são conhecidas por serem um local de treinamento de escalada
em montanha.
Brasileira na Itália
Em agosto deste ano, uma
brasileira de 58 anos de idade morreu depois de ficar quatro dias internada em
um hospital de Novara, na região do Piemonte (Itália), após cair em uma espécie
de cânion no Val Grande, entre Ossola e Verbano. As informações são da agência
de notícias Ansa.
Ana Cristina Rezende, que residia
em Turim, havia deixado Cicogna, uma fração do município de Cossogno, junto com
seu marido para fazer uma trilha de seis dias.
A caminhada, no entanto, foi
interrompida na área do Corone di Ghina quando ocorreu o acidente e a mulher
caiu por mais de 150 metros. A brasileira foi socorrida e hospitalizada, mas
não resistiu aos graves ferimentos.
Nicarágua
Em outro caso, o corpo da
estudante Raynéia Lima, pernambucana de 30 anos morta a tiros na Nicarágua no
dia 23 de julho, chegou no dia 03 de agosto ao Aeroporto Internacional do
Recife, na Zona Sul da cidade. Uma semana após ter sido liberado pelo IML
(Instituto de Medicina Legal) nicaraguense, o corpo foi recepcionado por
parentes e representantes dos governos estadual e federal. Em seguida, o corpo
foi levado para o Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista, na Grande
Recife, para o velório e o sepultamento.
Segundo o secretário estadual de
Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, esforços conjuntos de Receita
Federal, Polícia Federal e Ministério das Relações Exteriores ajudaram na
liberação imediata do corpo. No entanto, ele criticou o tratamento que o
governo federal deu ao caso. “Entendemos a necessidade de o governo federal se
engajar nessa questão. Não se engajou como deveria, pois ficou a cargo do
governo de Pernambuco todos os custos, todos contatos, toda negociação”,
afirmou.
Raynéia foi morta no sul de
Manágua, onde cursava medicina, após ser atingida por tiros disparados por um
grupo de paramilitares. Morando no país desde 2013, a pernambucana se preparava
para voltar ao Brasil em 2019, segundo a mãe.
Em 25 de julho, a Secretaria de
Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco se dispôs a arcar com os custos do
traslado e do funeral de Raynéia. A secretaria informou que faria o pagamento
apenas do embalsamamento porque a Copa Airlines dispensou o pagamento, e o
sepultamento foi programado para ser realizado em um cemitério da Grande
Recife, onde a família possui jazigo.
O governo de Pernambuco informou
que solicitou ao governo federal que a Corte Interamericana de Direitos Humanos
investigue o assassinato da jovem. Além de buscar esclarecimentos junto ao
governo nicaraguense sobre a morte da pernambucana, o Itamaraty convocou a
embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Martínez, a dar explicações ao
Ministério das Relações Exteriores sobre o assassinato da estudante.
A CIDH (Comissão Interamericana
de Direitos Humanos) e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos responsabilizaram o governo da Nicarágua por “assassinatos,
execuções extrajudiciais, maus-tratos, possíveis atos de tortura e prisões
arbitrárias”.
O Sul