No mês em
que se comemora o dia dos professores, celebrado em 15 de outubro, a Federação
dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce)
atualiza pesquisa realizada junto aos sindicatos de servidores e professores
filiados sobre a incidência do reajuste salarial do magistério nas Prefeituras do
Ceará.
De acordo
com as informações levantadas, em 88 cidades houve aumento salarial para
professores e em 86 delas a reposição na remuneração foi igual ou superior a
4,17%, índice estipulado pelo Ministério da Educação (MEC).
Destaque
para o fato de que em pelo menos oito localidades, Crateús, Altaneira, Sobral,
Deputado Irapuan Pinheiro, Milhã, Piquet Carneiro, Umirim e Cariré, que lideram
o ranking, os educadores conquistaram reajustes que vão de 6,17% a 4,5%, ou
seja, acima da importância definida pelo MEC.
Mas nem
todos os educadores municipais cearenses conquistaram evolução salarial. Nas
cidades de Paramoti, Mulungu e Canindé, “os prefeitos negam qualquer
possibilidade de evolução salarial”, segundo a Federação.
Em quase
todos os lugares o aumento foi aplicado de forma linear, ou seja, contemplando
igualmente educadores com ensino médio, graduação, especialização, mestrado e
doutorado.
Um
ano difícil
A
presidente da Fetamce, Enedina Soares, avalia que os números obtidos até aqui
mostram a superação dos sindicatos e trabalhadores, que, mesmo diante de uma
conjuntura de desmonte dos direitos e do Estado, ainda conquistam benefícios. A
dirigente pondera que os prefeitos do Ceará deveriam olhar para o cenário e
reivindicar mais investimentos públicos e não compactuar com propostas
regressivas, como a Reforma da Previdência.
“Ao invés
de incentivar os crimes contra o Brasil cometidos pelo Governo Federal,
prefeitos e prefeitas deveriam se preocupar com medidas que façam circular
dinheiro na economia das cidades, como valorização dos benefícios
previdenciários, políticas de incentivo à produção e transferência de recursos
federais de fundos como o do Pré-Sal”, avalia.
Entenda
O
percentual de reajuste para 2019, de 4,17%, é calculado pelo Governo Federal de
acordo com os mecanismos da Lei Federal Nº 11.738/ 2008, que criou o Piso e a
Carreira Nacional da categoria.
Com informações da Fetamce